O garçom Rafael Dias foi agredido por um cliente, na última sexta-feira (9/12), por causa de um suposto erro de R$ 2 na cobrança de um bolo de aipim em um restaurante da Urca, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O caso é investigado pela Polícia Civil.
De acordo com testemunhas e câmeras de segurança no local, o agressor, de blusa laranja, discutia com uma atendente no balcão sobre a sua conta. Em seguida, ele se direcionou com palavrões para Rafael, que fez o sinal de “beleza”, com o polegar apontado para cima.
Foi nesse momento que o homem desferiu um tapa forte nas mãos do garçom e, em seguida, nas costas. Outros funcionários do restaurante pediram para que o cliente se retirasse, mas ele deu meia-volta no balcão e voltou a discutir e ofender os atendentes.
Assista ao registro da cena abaixo:
Mais tarde, o agressor foi identificado como Leonardo Vianna, um guia turístico morador do bairro. O cliente reclamava que um dos garçons havia vendido o bolinho de aipim para ele por R$ 8, quando a conta mostrava o valor de R$ 10. Segundo as testemunhas, entre xingamentos, Leonardo dizia que era “frequentador de longa data” do lugar e que achava a situação toda “um absurdo”.
“É lastimável. Que não aconteça com nenhum, com nenhum trabalhador que trabalha com público. Fazem a gente acreditar que o cliente tem sempre razão. Mas até que ponto o cliente tem razão?”, questionou Rafael ao portal G1. O atendente trabalha no estabelecimento há 8 meses.
Outras vítimas
Quando viram a persistência de Leonardo em continuar no local, outros consumidores se manifestaram a favor da equipe do restaurante. Uma das clientes levou um tapa no rosto do agressor e pegou uma cadeira para retribuir o golpe, mas Rafael a segurou.
Uma outra garota que filmava a situação também foi ameaçada pelo cliente, quando um dos atendentes se colocou entre os dois para impedir qualquer tentativa de violência.
Leonardo foi empurrado aos gritos por outros consumidores e funcionários do estabelecimento, enquanto acompanhantes das vítimas ameaçavam retribuir as agressões.
Rafael, vítima dos primeiros golpes, registrou o caso na 10ª DP (Botafogo), como injúria e vias de fato.