Brasil tem hoje a menor participação no PIB mundial desde 1980, segundo FMI

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Desde 1980, o Brasil vem perdendo representatividade no Produto Interno Bruto (PIB) mundial, segundo mostra o levantamento encomendado pelo CNN Brasil Business à Austing Rating, com base nos dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em 1980, o PIB brasileiro representava 4,3% do mundial. Esse número foi caindo, passando por 3,6% em 1990, 3,1% em 2000, 2,4% em 2020 e, em 2022, 2,3%.


A participação do Brasil no PIB mundial estava aumentando até 2012, aumentou ao ponto de o Brasil se transformar na sétima maior economia do mundo. E depois declinou. Tanto que hoje nós somos perto da 10ª. E ao final desse ano, provavelmente a gente vai ultrapassar a Rússia, que hoje é a 11ª”, diz Carlos Braga, ex-diretor do Banco Mundial e professor da Fundação Dom Cabral.


Desde 1980, o Brasil vem perdendo representatividade no Produto Interno Bruto (PIB) mundial, segundo mostra o levantamento encomendado pelo CNN Brasil Business à Austing Rating, com base nos dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em 1980, o PIB brasileiro representava 4,3% do mundial. Esse número foi caindo, passando por 3,6% em 1990, 3,1% em 2000, 2,4% em 2020 e, em 2022, 2,3%.


A participação do Brasil no PIB mundial estava aumentando até 2012, aumentou ao ponto de o Brasil se transformar na sétima maior economia do mundo. E depois declinou. Tanto que hoje nós somos perto da 10ª. E ao final desse ano, provavelmente a gente vai ultrapassar a Rússia, que hoje é a 11ª”, diz Carlos Braga, ex-diretor do Banco Mundial e professor da Fundação Dom Cabral.


Braga faz uma análise entre 1997 a 2021 e mostra que a economia brasileira cresceu, em média, 2,2% do PIB. Porém, se considerar a situação do mundo na totalidade e pensar em termos de renda per capita, de 1970 até 2019, o país cresceu 1,7% ao ano.


Hoje o Brasil não tem esse problema, pois conseguiu controlar. Mas, o economista afirma que existe um problema de dívida doméstica que vem crescendo. “A dívida pública brasileira está aumentando significativamente e este custo impacta no aumento da taxa de juros”, diz.


Perspectivas para o futuro

Barros diz que os brasileiros vão continuar vendo PIB desacelerando, uma vez que o país está com o juro alto, ao contrário do juro negativo do mundo. “O BC subiu os juros e vai segurar esse patamar por um bom tempo até que a economia desacelere. E isso já está acontecendo”.


Porém, uma saída apontada pelo economista é via reforma tributária. “O Brasil é uma economia muito fechada, por isso precisa abrir a economia de forma eficiente. Mas, não dá para fazer abertura econômica com esse sistema tributário”, acredita Barros.


Na visão de Braga, ou o país aumenta os impostos — que já tem uma carga tributária elevada — ou vai pagar e ter que fazer cortes orçamentários e definir suas prioridades. “Se o governo quer uma bolsa família de R$ 600, o ideal seria fazer cortes para permitir que a tributação permita financiar esses gastos. Caso contrário, a desaceleração vai continuar daqui para frente”, destaca.


CNN Brasil


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