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Babá chamada de monstro e acusada de bater em bebê em rede social ganha indenização no Acre

Uma babá de Xapuri, interior do Acre, ganhou uma indenização por danos morais após ter sido chamada de monstro e acusada de bater em um bebê, de 1 ano e 9 meses, em uma rede social. A mãe da criança fez a postagem expondo uma foto da babá e a acusando de agressão.


A confusão teve início no final de 2021 e se estendeu até janeiro deste ano. A vítima entrou na Justiça com um pedido de indenização, a mãe da criança recorreu, mas a 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Tribunal de Justiça do Acre (T-JAC) manteve a condenação da mulher.


A nova decisão ainda cabe recurso e o advogado da acusada, Guilherme Thadeu Ribeiro, disse que a ‘defesa irá analisar a decisão da turma recursal para tomar as medidas judiciais cabíveis’.


A babá deve ser indenizada em R$ 1 mil por danos morais. O caso também foi parar na esfera criminal e há uma investigação por maus-tratos contra a criança na Delegacia de Xapuri.


Mulher acusou babá de agressão contra o filho de 1 ano e 9 meses — Foto: Reprodução

Mulher acusou babá de agressão contra o filho de 1 ano e 9 meses — Foto: Reprodução

Difamação

Ao g1, o advogado da babá, Marcos Pereira, explicou que a cliente foi contratada para cuidar do bebê no dia 19 de dezembro de 2021. Com as festas de fim de ano, a mulher teria conversado com a patroa para aproveitar as comemorações e foi dispensada do serviço no dia 31.


“Em virtude de um desentendimento após, ela [mãe da criança] não aceitou minha cliente não ter comparecido, acabaram se desentendendo e ela acabou por agredir minha cliente. Difamou minha cliente nas redes sociais, levamos provas aos autos, comprovamos as difamações que foram conduzidas pelas redes sociais e, em virtude disso, o juiz da comarca de Xapuri deu a sentença favorável”, explicou.


O advogado disse que a babá chegou a ir para a casa da acusada e, ao chegar no local, foi agredida verbalmente. Depois, a babá chamou a mãe da criança para uma conversa e a mulher teria agredido fisicamente a vítima.


“Após isso, vieram as difamações nas redes sociais. Mas, minha cliente rechaça essas acusações, inclusive, até na época, me relatou que tinha registrado um boletim de ocorrência e o delegado iria investigar. Até onde sei, isso nunca seguiu em frente”, destacou.


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