Estão sendo cumpridos nesta quinta-feira (15), pela Polícia Federal, mais de 100 mandados de busca e apreensão contra manifestantes bolsonaristas suspeitos de organizar atos antidemocráticos no país contra o resultado das eleições, incluindo bloqueios de rodovias e manifestações em quartéis, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL). As informações são da TV Globo.
As buscas que acontecem no Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal, foram ordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Moraes também preside o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Foram autorizados por Moraes, além dos mandatos, bloqueio de contas dos investigados e quebra do sigilo bancário dos envolvidos.
O ministro multou no último dia 7 em R$ 100 mil os proprietários dos caminhões identificados pelas autoridades de Mato Grosso que estariam envolvidos em atos.
Na decisão, Moraes também tornou esses veículos indisponíveis, ou seja, proibiu a sua circulação e bloqueou seus documentos. A decisão ocorreu após ele ter determinado a adoção de providências para o desbloqueio de rodovias e espaços públicos no estado.
No dia 17 de novembro, o ministro também mandou bloquear contas bancárias ligadas a 43 pessoas e empresas suspeitas de envolvimento com os atos antidemocráticos que questionam o resultado das eleições.
As manifestações e bloqueios de rodovias começaram logo após ser declarada a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 30 de outubro. No dia seguinte da eleição, já haviam 321 pontos de bloqueios em vias de 25 estados e no Distrito Federal.
Em vários pontos do país, durante os atos antidemocráticos, também houveram episódios de coação e violência por parte de apoiadores do presidente.
Um exemplo recente aconteceu na última segunda-feira (12). Horas após a diplomação de Lula, uma ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes (STF) contra um indígena bolsonarista acabou em atos de violência em frente à sede da Polícia Federal e em vias de Brasília.
Durante os protestos, foram realizados atos de vandalismo contra carros e ônibus, que foram incendiados. A Polícia Militar entrou em confronto com os bolsonaristas, e um shopping teve de ser fechado por causa da ação.
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