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“Não sei o que seria da minha vida sem vocês”, diz idoso picado por cobra e resgatado pelo Ciopaer isolado na selva

Tripulação do Centro Integrado de Operações Aéreas voou por 220 quilômetros selva a dentro para resgatar homem de 69 anos em região inóspita do estado


Um homem de 69 anos, picado por cobra, foi resgatado na manhã desta quarta-feira, 7, por uma equipe do Centro Integrado de Operações Aéreas, o Ciopaer, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), na região do Seringal Fazenda Nova, no interior da selva, distante 220 quilômetros de Rio Branco, em terras do município de Manoel Urbano. O pequeno extrativista Clóvis do Carmo Neri foi vítima de uma cobra surucucu-pico-de-jaca, quando caçava próximo de sua casa.


A operação do Ciopaer, que já figura entre as mais desafiadoras em 2022, começou a ser delineada ainda na terça-feira à noite, pelo coronel-aviador Samir Freitas, comandante do Centro, ao fazer a plotagem das coordenadas geográficas que levaria o seu helicóptero e a tripulação até a localidade.



O drama do idoso começou ainda na tarde de sábado, 3, quando entrou na mata para caçar. “Eu vi uns porquinhos bem próximos e me preparei para atirar quando fui atacado na perna [direita]. Foi uma pico-de-jaca que estava num buraco perto de mim. Deu um bote, me mordeu e, passando muito mal consegui voltar pra casa e pedir ajuda ao meu filho”, narrou Neri já acomodado na ambulância do Samu, depois de um voo de quase duas horas até Rio Branco, para onde foi levado, para o Pronto-Socorro. “Sem vocês, não sei o que seria da minha vida”, completou o ancião, com a voz baixinha.


Conforme o coronel Samir Freitas, um vizinho da vítima fez contato com o Corpo de Bombeiros, que por sua vez repassou a ocorrência para o Ciopaer nesta terça-feira à noite. “Das 22 horas até pouco mais da zero hora desta quarta-feira, eu mantive contato via celular enviando imagens do Google Map da região para que o nosso interlocutor reconhecesse a região e a partir daí, conseguíssemos as coordenadas para voar até lá. Pelo sistema digital de imagens, percorremos rios, igarapés varadouros, ramais e clareiras para que ele reconhecesse a área onde mora o Seu Clóvis e, a partir daí, obtivéssemos a rota”, explica o coronel Samir Freitas, que comandou a aeronave.



Participaram também desta missão de resgate o aviador Nayck Trindade, policial civil e co-piloto na operação, além dos operadores aeronáuticos Reginaldo Castro e Deleon Rodrigues, todos integrantes do Ciopaer.


Vocação para o salvamento e segurança aérea são características do esquadrão


As multimissões do Ciopaer revelam o quanto o seu esquadrão, composto por dois helicópteros Esquilo AS350 e dois aviões – um bimotor EMB-810 Sêneca III e um Bonanza A-36 – é fundamental para que sua equipe de aviadores, operadores aeronáuticos e mecânicos possam desempenhar um trabalho de excelência no salvamento de pessoas e na cobertura aérea em episódios das Forças de Segurança.



“São homens e mulheres aguerridos, muito bem capacitados e que amam o que fazem. Estes atributos, juntos a um programa de valorização dos servidores pela http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração do governador Gladson Cameli, que adquiriu novos fuzis mais leves, macacões de voo mais modernos, do tipo antichamas, além da capacitação e atualização profissional, garantem um serviço extremamente eficiente pelo qual ganha a população, que pode contar com o socorro dessa brava equipe”, acrescenta o secretário de Justiça e Segurança Pública, coronel Paulo Cézar Rocha dos Santos.


Hoje, o Ciopaer conta com 30 homens e mulheres e pelo menos 35 operações aéreas de resgate já foram realizadas pelo grupo especial, desde janeiro deste ano até esta quarta-feira, 7 de dezembro. A novidade é que o governo do Estado se prepara para receber mais uma aeronave, outro helicóptero, aumentando para três a frota de aeronaves de asas rotativas nos próximos meses.


Resley Saab/Asscom Sejusp


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