O Rio Acre, em Rio Branco, apresentou uma vazante de 1,5 metro, entre a segunda-feira, 7, até esta sexta-feira, 11, quando marcou 1,96 metro, e atingiu uma das piores cotas para a data, segundo dados da Defesa Civil municipal.
“Estamos nas piores marcas dos piores anos, de novo. Então, estamos em uma situação complicada. O que se explica é a falta de chuvas. Se não chove, o rio não vai aumentar”, pontuou o tenente-coronel Claudio Falcão, coordenador da Defesa Civil.
O momento atípico vivido no estado acreano e, principalmente, na capital, mostra que, em 11 dias, choveu apenas 5% do previsto para todo o mês, que é 224 milímetros.
“Vamos fechar a primeira quinzena com um déficit enorme de chuva, e isso reflete, diretamente, no Rio Acre, mas isso não é a única consequência. Nós temos um aumento excessivo de focos de calor, muitos incêndios, e isso piora a qualidade do ar, a umidade relativa do ar baixa, além das altas temperaturas”, falou.
Com essa cota, o rio tem a terceira pior cota dos últimos oito anos, contabilizando desde 2015 até 2022. O cenário só foi pior em 2020 (1,79 metro) e 2021 (1,95 metro).
Veja cotas dos anos anteriores:
-2015: 5,28 metros;
-2016: 3,05 metros;
-2017: 2,78 metros;
-2018: 2,98 metros;
-2019: 3,94 metros;
-2020: 1,79 metro;
-2021: 1,95 metro;
-2022: 1,96 metro.
Alcinete Gadelha/A Gazeta do Acre