Jovens, bonitas e com um final triste. A semelhança entre os crimes que levaram à morte de Jennifer Eduarda da Cruz Blimblem e Allexandra Alves de Oliveira continua sendo um mistério e assusta os moradores de Avaré, cidade do interior de São Paulo que tem pouco mais de 90 mil habitantes.
Conforme os registros policiais, as duas jovens – de 18 anos – foram encontradas sem roupas e enterradas em terrenos baldios do município. Apesar disso, a Polícia Civil descarta qualquer possibilidade de relação entre os crimes.
“Nenhuma possibilidade. Em relação ao segundo caso, a investigação está muito avançada. Só não divulgamos ainda para não embaraçar a apuração”, afirmou o delegado Fabiano Ferreira da Silva.
O caso a qual o delegado se refere é o de Allexandra, que foi encontrada morta por um operador de máquina escavadeira em um loteamento, no dia 21 de outubro. Assim como Jennifer, ela estava desaparecida havia pouco mais de uma semana, mas nenhum boletim de ocorrência foi registrado.
O corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição, o que impossibilitou a identificação inicial de lesões ou fraturas. Ainda segundo a polícia, ela estava despida.
Allexandra foi reconhecida por meio de um aparelho odontológico e tatuagens. A constatação foi feita pelo pai e prima da vítima.
Caso Jennifer
Um ano após ter sido encontrada morta e sem roupa, às margens de uma estrada rural de Avaré (SP), o assassinato Jennifer Eduarda da Cruz Blimblem continua sem respostas.
Prorrogado por sucessivas vezes, o inquérito que investiga o crime não apontou culpados. A jovem foi encontrada morta em 30 de setembro de 2021.
O delegado informou que a investigação permanece sem novidades desde que o exame necroscópico apontou que a jovem morreu por traumatismo cranioencefálico.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) também analisou as perfurações encontradas no peito e abdômen da vítima. No entanto, devido ao estado avançado de decomposição em que o corpo foi encontrado, não foi possível concluir se as perfurações foram causadas por pessoas, algum objeto ou animais necrófagos, que se alimentam de cadáveres.
Na época, o delegado chegou a afirmar que a investigação partia do pressuposto de que Jennifer se encontrou com alguém no período em que esteve desaparecida. Para isso, a polícia analisou imagens de câmeras de segurança do Centro da cidade e ouviu testemunhas, mas nenhum suspeito foi apontado.
Sobre a falta de resolução do caso, o g1 tentou conversar com a família de Jennifer, mas não obteve retorno.
Por g1 Itapetininga e Região