O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu neste sábado (5) ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, reforços adicionais para ajudar a Polícia Rodoviária Federal (PRF) a desbloquear “estradas que cortam vários municípios” de Mato Grosso. A solicitação foi feita por meio de um ofício.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, Aras reporta informações recebidas da unidade do Ministério Público Federal (MPF) no estado, que apontam manifestações na região de Guarantã do Norte, fechando a ponte de acesso a cidades próximas à BR-163.
O procurador-geral da República também menciona o baixo efetivo da PRF na região de Nova Mutum, formada por outros seis municípios, com apenas 54 policiais em campo e quatro viaturas.
“Além disso, nos municípios de Lucas do Rio Verde, Sinop e Comodoro, embora os bloqueios tenham sido desfeitos pelas autoridades policiais, há sinais da organização de novos bloqueios”, informa a PGR.
Comboio em direção a Cuiabá
A PGR informa também que, segundo informações repassadas ao ministro Anderson Torres, um comboio de 200 caminhões segue em alta velocidade de Sorriso para Cuiabá, numa distância de 397km, para paralisar a capital mato-grossense.
Protesto contra resultado das urnas
De acordo com a corporação, 999 manifestações foram desfeitas em todo o Brasil desde o início das manifestações, na noite do último domingo (30), após o segundo turno das eleições. As interdições são realizadas por caminhoneiros que não aceitam o resultado das urnas, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT)como o futuro presidente do país.
O que diz a PRF
Silvinei Vasques, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal
Reprodução/SINPRF Paraná
De acordo com o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, esta é a maior operação da história da PRF, com o uso do maior efetivo da corporação.
“A sede do nosso departamento em Brasília, as nossas superintendências, as sedes das nossas delegacias e a nossa universidade estão com as suas atividades http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativas encerradas. Todos os policiais, desde [a última] segunda-feira [31] estão na estrada operando. Estamos trabalhando muito, uma operação complexa”, afirmou por meio de um vídeo divulgado nessa sexta-feira (4).
Na última quarta-feira (2), o MPF pediu que seja instaurado um inquérito policial sobre a postura de Vasques, desde 30 de outubro, data do segundo turno das eleições. O pedido tramita em regime de urgência. O MPF pede investigação sobre as fiscalizações que a PRF realizou em veículos que transportavam eleitores, especialmente na região Nordeste, no dia da votação, e se as abordagens prejudicaram o exercício do voto.
Caso fique comprovado que eleitores foram afetados, Vasques pode responder pelos crimes de prevaricação e de violência política, ambos previstos no Código Penal.
R7 Notícias