O chefe da Inteligência Militar de Israel disse nesta segunda-feira (21) que o Irã estava considerando um ataque à Copa do Mundo no Catar, já que enfrenta uma pressão crescente em casa em meio a protestos anti-regime em todo o país.
Falando em uma coletiva de imprensa do Instituto de Estudos de Segurança Nacional (INSS) em Tel Aviv, o major-general Aharon Haliva disse que os protestos que varrem o Irã são “extremamente excepcionais” e se transformaram em uma “rebelião civil”.
“O número de mortos, os ataques a símbolos nacionais – isso é muito preocupante para o regime, especialmente combinado com as sanções, a pressão internacional existente e a difícil situação econômica”, disse ele.
Os protestos no Irã foram desencadeados pela morte de uma jovem, Mahsa Amini, após sua prisão pela polícia moral em Teerã em setembro, e desde então se espalharam por todo o país.
“Estou lhe dizendo que os iranianos agora estão pensando em atacar a Copa do Mundo no Catar também”, disse ele. “A única coisa que os impede é como os catarianos vão reagir.”
“O Irã está tentando preservar a instabilidade como algo constante. Em um momento em que o mundo ao redor está estável e próspero – isso é o oposto do que está acontecendo dentro do Irã”, disse Gantz, falando no início da reunião semanal de sua facção do partido Unidade Nacional no Knesset.
“A Copa do Mundo provavelmente será um daqueles eventos em que tenta causar instabilidade”, acrescentou.
Usando termos do futebol quando a Copa do Mundo começou no domingo, Haliva encerrou o assunto coma seguinte declaração: “O Irã está em todo o campo, de armas nucleares a tumultos”.
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