Uma das expectativas em relação à chegada do presidente eleito a Brasília esta semana diz respeito ao anúncio dos primeiros nomes para os ministérios do futuro governo.
Entre os nomes cotados estão Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação, para o Ministério da Fazenda; Simone Tebet (MDB), senadora, para o Desenvolvimento Social; Marina Silva (Rede), ex-ministra do Meio Ambiente e deputada eleita, para o Meio Ambiente; Rui Costa (PT), governador da Bahia, para a Casa Civil.
Lula, que desembarcou ontem em Brasília, cumprirá uma agenda cheia de compromissos ao longo da semana. O mais urgente deles é a negociação para que o teto de gastos seja ampliado em R$ 150 bilhões no ano que vem, além de mais R$ 25 bilhões fora do teto.
Só assim Lula conseguiria cumprir a promessa de campanha de manter em R$ 600 o Auxílio Brasil (Bolsa Família, a partir do próximo ano). O governo eleito argumenta ser necessário elevar as despesas com o programa no ano que vem uma vez que o Orçamento enviado pelo governo Jair Bolsonaro (PL) garante R$ 405.
A urgência na negociação da PEC se dá porque a partir da segunda quinzena de dezembro, o congresso entrará em recesso. A grande expectativa é que a PEC da Transição seja aprovada até dia 10 para ser incorporada no orçamento de 2023, que deve ser votado até o dia 16.
A estratégia da equipe de Lula é aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição e aumentar o teto dos gastos públicos para 19% do Produto Interno Bruto (PIB).
O entendimento é que é possível elevar as despesas uma vez que o governo Bolsonaro previu as despesas em 17,6% do PIB. Diante disso, a expectativa de aliados é que Lula anuncie, primeiro, os integrantes da área econômica para facilitar as negociações da PEC.
[Folha Pernambuco]