Débora Vitória, de 6 anos, morreu baleada, na última sexta-feira (11/11), em Teresina, capital do Piauí. Em entrevista à TV Clube, afiliada da Rede Globo no estado, a mãe da menina, Dayane Gomes, chorou ao relembrar os últimos momentos com a filha assassinada por um policial militar que reagiu a uma tentativa de assalto.
“Por que ele reagiu por causa de um celular? Podia não ter reagido, eu dava moto, celular, eu dava tudo para ter a minha filha aqui comigo agora, eu dava minha vida”, lamentou Dayane.
Segundo a mãe da criança, um homem anunciou um assalto contra Dayane e Débora quando elas saíam de casa. Nesse momento, um PM que bebia em um bar próximo ao local reagiu e acertou um tiro na menina.
Dayane relata que o assaltante teria mostrado uma arma na cintura para ela, mas não apontou o revólver ao anunciar o assalto e exigir o celular das vítimas. Ao entregar o aparelho para o homem, a mãe de Débora avistou o policial correndo com a arma em punho.
“Todo dia ele está sentado ali bebendo. Ele veio correndo com a arma na mão, e ele [assaltante] falou: ‘Vai atirar? Vai atirar?’. Quando ele [policial] deu o primeiro tiro, eu já senti que pegou na minha filha, ela caiu assim [de lado]. O bandido nem tinha tirado a arma”, reclamou Dayane.
Após a reação do policial, o assaltante pegou a arma e disparou, atingindo a coxa de Dayane.
Mãe e filha foram encaminhadas para o Hospital de Urgência de Teresina. Entretanto, a menina não resistiu e morreu na unidade de saúde. A mãe foi atendida e, logo depois, liberada pelos médicos.
Velório de Débora Vitória
O velório de Débora Vitória ocorreu no último sábado (12/11) na casa da família e contou com a presença de familiares e amigos da vítima.
Com grande comoção, familiares realizaram um cortejo até o cemitério do bairro Areias, zona sul da capital piauiense, para prestar as últimas homenagens à menina.
Investigações
As investigações do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) indicavam, inicialmente, que o tiro que matou Débora tinha sido disparado pelo assaltante. A polícia chegou a prender dois suspeitos de terem assassinado a criança.
Contudo, após relato da mãe da criança nas redes sociais, nesse domingo (13/11), os investigadores intimaram o policial militar para depor, mas ele ainda não compareceu à unidade policial.
Metrópoles