O presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu na noite desta terça-feira (1º) com ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e reconheceu a derrota em segundo turno para o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O presidente da República utilizou o verbo acabar no passado. Ele disse: ‘Acabou’. Portanto, olhar para a frente”, disse o ministro Edson Fachin, que participou do encontro. Além dele, conversaram com Bolsonaro os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Luiz Fux.
Mais cedo, em pronunciamento à imprensa, Bolsonaro não havia feito referência à vitória de Lula, mas disse que respeitará a Constituição. Além disso, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, anunciou que foi autorizado por Bolsonaro a conduzir a transição de governo para Lula.
“Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo os fundamentos da nossa Constituição”, afirmou o presidente.
Na declaração, Bolsonaro ainda falou sobre os protestos realizados ao redor do país. “Os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir.”
Após a fala de Bolsonaro, o STF emitiu um comunicado e disse que “consigna a importância do pronunciamento do Presidente da República em garantir o direito de ir e vir em relação aos bloqueios e, ao determinar o início da transição, reconhecer o resultado final das eleições”.