Mesmo após as eleições para presidente da república, ocorridas no mês de outubro de 2022, a resistência do uso da camisa amarela da seleção brasileira segue em certa parcela considerável da população do país. O uso político do objeto durante a campanha à tentativa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro, fez a maioria dos seus opositores/críticos a deixar o símbolo identitário de nossa seleção na naftalina ou até mesmo com algumas peças mofando nas vitrines das principais lojas do país.
Preocupado com a situação, tanto a Nike, quanto a CBF, fizeram, recentemente, um movimento com o objetivo de “despolitizar” a camisa da seleção.
Em entrevista concedida para a Revista Placar, o especialista em inovação e novas tecnologias na indústria do esporte Bruno Maia (CEO da Feel The Match) acredita que a partir do momento que chegar a Copa do Mundo, a paixão pela camisa amarelinha voltará à tona e o país inteiro vai torcer junto. “Nossa camisa amarela é um produto nobre do mercado esportivo”, diz confiante ele, acreditando que a força do futebol unificará o país.
O que diz a nossa legislação sobre o uso indevido de nossa bandeira
Conforme a legislação, lei 5.700/71 prevê: Art. 10. A Bandeira Nacional pode ser usada em todas as manifestações do sentimento patriótico dos brasileiros, de caráter oficial ou particular.
É justamente sob o argumento de ser patriota que muitas pessoas usam a bandeira do Brasil para defender um político ou uma ala política específica. Acontece que esse é um uso indevido do referido símbolo nacional.
A partir do momento que o objetivo não é defender o Brasil em si, mas sim ajudar na eleição ou na adoração de um político específico ou de uma ideologia política específica, não há o que se falar em patriotismo.
No entanto, deixando de lado o aspecto político, o momento é de aparar as arestas e torcer para o Brasil ser hexacampeão na Copa do Catar e, sim, transformar sua participação no Mundial como um ato de patriotismo, o que justifica o uso da Bandeira do Brasil por todas e todos.