O Pix, sistema de pagamentos e transferência gratuito e instantâneo, criado pelo Banco Central (BCB), completa dois anos, nesta quarta-feira, 16, e, de acordo com um levantamento do próprio banco, divulgado no final de outubro, menos da metade da população do Acre usa a ferramenta.
Os dados do BCB mostram que 51% da população adulta do Acre não utiliza os instrumentos de transferência.
“Na média, a parte da população que passou a usar o Pix e que não usava a TED tinha renda inferior aos grupos que já utilizavam a TED. Esse grupo que passou a usar o Pix e que não usava a TED também tinha menor participação no mercado formal, menores salários entre aqueles formalmente empregados, assim como maior participação dos grupos incluídos no Cadastro Único, tanto como beneficiários do Bolsa Família quanto sem essa
condição”, diz parte da publicação.
O estudo aponta que foi observada uma forte substituição do uso de TED pelo Pix, assim como uma clara diferença dos valores médios de transação nos instrumentos, sendo o Pix utilizado para valores mais baixos.
O comerciante José Santivanês Nobre, o seu ‘Santos’, em 2021, estava na estatística dos que não utilizam a ferramenta. Porém, em 2022, teve que se render ao sistema, criando até um QR Code, tipo de código de barras digital utilizado por quem usa o sistema.
“Fiquei receoso quando o Pix foi criado, pensei que não iria funcionar direito e que iria perder dinheiro. Mas, com o passar do tempo, comecei a usar, pois alguns clientes só queriam pagar por meio do pix. Lógico, não podia perder minha clientela e acabei por aceitar a nova ferramenta, que tem muitas vantagens, além de não pagar taxas, como acontece em máquinas de cartão de crédito”, disse Santos.
Atualmente, o Pix é o meio de pagamento mais usado no Brasil.