Destino de Cássia Kis na Globo pode ser questão de horas

Desde que sua entrevista à jornalista Leda Nagle foi ao ar, através de uma live no YouTube, onde proferiu declarações consideradas de cunho homofóbico, e somada a sua presença em recentes manifestações pró-Jair Bolsonaro, a atriz Cássia Kis vem se tornando alvo de denúncias dentro e fora da Globo.


De acordo com o site Notícias da TV, na emissora carioca, cerca de 15 funcionários, dentre atores, diretores, roteiristas e produtores, denunciaram ao compliance do canal, situações de homofobia e comportamento inadequado da intérprete de Cidália de Travessia. As denúncias contra Kis envolvem as produções da novela das nove e da série Desalma, do Globoplay.


Segundo o portal, os funcionários protocolaram outras situações ocorridas nos bastidores, como a suposta coação e constrangimento, por parte de Cássia, a uma camareira, em que a atriz teria pedido à funcionária para ‘orar com ela para que Lula não vencesse as Eleições’. A denúncia reforçaria o pedido de uma atitude mais drástica, que pode até colocar em xeque a permanência da artista na empresa.


O site ainda afirma que outra nova denúncia contra Cássia Kis foi feita com base ao período de gravações da segunda temporada de Desalma, realizadas em 2021, onde Cássia teria tratado com grosseria uma produtora e um dos diretores.


À imprensa, a Globo se pronunciou sobre as denúncias ao seu compliance.


‘Não comentamos questões de compliance. A Globo tem um Código de Ética, que deve ser seguido por todos os colaboradores e igualmente por todas as áreas da empresa, e, em nenhuma delas, é tolerada qualquer forma de discriminação. Da mesma forma, tem uma Ouvidoria pronta para receber quaisquer relatos de violação, que são apurados criteriosamente’, disse o canal.


Fora da TV, Cássia Kis pode encarar processo judicial contra homofobia

Agripino Magalhães, ativista ligado às causas em prol da comunidade LGBTQIAP+, informou que pretende acionar a Justiça e protocolar uma ação contra a atriz, por meio de uma denúncia crime por ofender e incitar o preconceito de ódio contra a População LGBTQIAP+.


‘Um festival de homofobia disfarçada de ‘apenas opinião’. Acabou o tempo que pessoas poderão ofender os LGBTQIAP+ como querem, chamando isso de ‘liberdade de expressão”, destacou Agripino ao Olhar na TV.


O crime de LGBTIFOBIA é enquadrado na lei 7.716/89, que abrange o crime de racismo social e pode punir, em até 3 anos de reclusão, quem cometê-lo.


A coluna deixa o espaço aberta para a atriz Cássia Kis se manifestar, se assim quiser, diante das possíveis denúncias informadas.


UAI


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