Curso gratuito estuda povos originários da floresta que viveram na pré-história do Acre

Foto: Diego Gurgel/Asscom/arquivo

Conhecer mais sobre o período pré-história da capital Rio Branco, do Acre e da Amazônia através dos símbolos, geoglifos e da arqueológia. Esse é o objetivo do curso “Pré-História de Rio Branco e do Acre – Aquiry: povos construtores e paisagens míticas e culturais” que ocorre no Teatro Arena do Sesc, na capital acreana.


Os participantes aprendem mais sobre a história dos povos originários que habitaram no Acre por milhares de anos e não deixaram documentos escritos, mas símbolos, geoglifos, cerâmicas e artefatos encontrados pelos historiadores e que ajudam a contar um pouco as origens do estado acreano.


As aulas são ministradas pelo historiador e arqueólogo Marcos Vinicius Neves e em três dias, sendo que o primeiro encontro ocorreu nessa sexta-feira (25). Os próximos estão marcados para terça (29) e quarta (30) das 13h às 17h.


“É voltar na história, dar conta de um período que nem sempre é trabalhado pela falta de documentação. A história do Acre é muito recente, o que os livros e historiadores falam é muito recente, só que é uma história muito mais antiga. Os documentos antigos não dão conta porque não tinha escrita. Então, está voltando nesse tempo através da arqueologia”, explicou a historiadora e presidente do Conselho Estadual e Cultura do Acre, Flávia Burlamaqui.


Aulas são ministradas pelo historiador e arqueólogo Marcos Vinicius  — Foto: Arquivo pessoal/Flávia Burlamaqui

Aulas são ministradas pelo historiador e arqueólogo Marcos Vinicius — Foto: Arquivo pessoal/Flávia Burlamaqui

Um grupo de 26 pessoas participa do curso. Os inscritos são guias de turismo, estudantes do curso de história da Universidade Federal do Acre (Ufac) assessores pedagógicos e o público em geral.


Flávia disse que a primeira aula abordou as teorias, cronologias temporais na arqueologia, nos documentos, pedras, cerâmicas e escritas. O próximo encontro será para falar sobre Amazônia.


“O Marcos vai falar sobre a história da Amazônia através da arqueologia e a experiência que tem aqui em escavações, nos geoglifos, os cursos que já escreveu porque é uma ciência que procura muito exatidão, então, está explicando pra gente como se chega a uma certeza, a uma teoria através da arqueologia, que não é tão simples”, destacou.


O curso tem duração de 12 horas e terá entrega de certificados no final. “Depois vamos ter uma disponibilidade on-line para dúvidas. Na hora do curso vem aquele monte de ideias, informações e, às vezes, depois é que vamos refletir e as perguntas e questões vem”, finalizou.


Por Aline Nascimento, g1 AC — Rio Branco


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