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Colégio de SP desliga 8 alunos após caso de racismo: ‘Quero que os nordestinos morram de sede’

Foto: Juliana da Cunha Costa Santos/Wikimedia Commons

Oito alunos do Colégio Porto Seguro em Valinhos (a 85 km de SP) foram desligados após criarem um grupo de WhatsApp intitulado “Fundação Anti Petismo”, onde compartilhavam mensagens de cunho racista, homofóbico, nazista e gordofóbico. O espaço foi criado no domingo (30), após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente.


Nas conversas, os estudantes escreveram que queriam criar a “Fundação dos Pro Reescravização do Nordeste”, enviaram figurinhas elogiando o ditador nazista Adolf Hitler e encaminharam mensagens como “não encontro um petista comemorando, acho que é porque eles não têm celular ainda” e “quero que os nordestinos morram de sede”.


Ao ser incluído no grupo, um adolescente de 15 anos perguntou do que se tratava. Um dos participantes respondeu que eles seriam os “neonazistas do Porto”. Ao se manifestar contrário ao teor do grupo, foi retirado e recebeu mensagem de um colega dizendo: “espero que você morra fdp negro”.


Na quinta (3), a Federação Israelita do estado de São Paulo, entidade representativa da comunidade judaica paulista, divulgou uma nota em que pedia uma “atitude enérgica” do colégio.


“Não podemos tolerar mais manifestações que visam diminuir um povo, uma raça ou qualquer ser humano”, disse a entidade, conforme noticiado pela coluna Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.


Com a repercussão do caso, a escola enviou nota afirmando que “repudia qualquer ação e/ou comentários racistas contra quaisquer pessoas”. Nesta sexta (4), voltou a se manifestar e reiterou que preceitua a todos os seus alunos valores éticos e de respeito ao próximo de forma a fortalecer o reconhecimento e valorização da diversidade.


No novo comunicado, o colégio voltou a lamentar o episódio e manifestou indignação com o “conteúdo de caráter racista, antissemita e misógino de algumas dessas mensagens”. “Reforçamos nosso repúdio veemente a toda e qualquer forma de discriminação e preconceito, os quais afetam diretamente nossos valores fundamentais”, declarou.


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