Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) fizeram, neste sábado (12/11), em Belo Horizonte, uma reedição das manifestações populares que antecederam o golpe militar de 1964. O ato de hoje tinha, à frente do cortejo, uma faixa com os dizeres “Marcha das Mulheres pela Liberdade”. O protesto contou com cartazes contra o comunismo – regime associado ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), embora ele tenha sido eleito com o apoio de forças políticas do centro à direita.
O termo “Marcha das Mulheres pela Liberdade” é similar ao nome das passeatas pré-golpe de 1964, batizadas “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”. Durante a caminhada deste sábado, o grupo passou por locais como a Avenida Olegário Maciel e a Praça da Assembleia, na Região Centro-Sul.
Um vídeo feito pela reportagem do Estado de Minas mostra os entusiastas, na Praça Raul Soares, entoando um cântico contrário à posse de Lula.
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE e componente do STF, ampliou, para todo o Brasil, as punições e medidas tomadas contra empresários de transporte e empresas que financiam bloqueio de estradas e vias públicas por causa da vitória de Lula.
A decisão inicial de Moraes valia apenas para o Distrito Federal (DF). A Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e as polícias militares dos estados devem tomar providências para efetuar a liberação das estradas, com previsão de multa horária de R$ 100 mil aos donos de veículos, como já havia sido determinado por ele em 31 de outubro. A decisão foi posteriormente referendada pelo plenário virtual da Corte.