A vitória da Arábia Saudita sobre a Argentina foi a maior zebra da Copa do Mundo até agora. Tida como favorita em seu grupo e na conquista do Mundial, os sul-americanos podem se complicar na classificação para as oitavas de final. Caso fiquem no segundo lugar de sua chave, só cruzariam com o Brasil em uma possível final no Catar. Mas terá muito trabalho diante de México e Polônia, seus próximos rivais na fase de grupos. A Argentina pode voltar para casa mais cedo.
É a primeira vez que a Argentina perde uma partida de estreia de Mundial desde a edição de 1990, disputada na Itália. Então campeã do mundo pela conquista de 1986, o time perdeu naquela edição para Camarões por 1 a 0, gol de François Omam-Biyik. Mesmo com o revés inicial, Maradona liderou a seleção até a decisão daquela Copa – acabou derrotada pela Alemanha, também por 1 a 0.
A esperança é que o mesmo aconteça com a Argentina nesta edição. Em 1990, a seleção se classificou em terceiro lugar do grupo – naquele ano, os quatro melhores terceiros colocados avançavam às oitavas – com uma vitória e um empate. Enfrentou e derrotou o Brasil na fase seguinte, em jogo que ficou marcado pelo episódio da “água batizada” dos jogadores brasileiros. Caniggia fez o gol após passe de Maradona.
Com um gol negativo de saldo no Grupo C desta Copa, a situação da Argentina não é tão complicada por ora. Em 2018, ela se classificou às oitavas após um empate e uma derrota nos dois primeiros jogos da competição. No Catar, a seleção enfrenta México e Polônia nas próximas partidas, nesta ordem. Facilitou a vida dos argentinos o fato de mexicanos e poloneses empatarem na primeira rodada. Então, apesar de estar na lanterna do seu grupo, o time de Messi está a um ponto apenas atrás dos dois rivais. Os sauditas lideram com três pontos.
Caso se classifique em primeiro do grupo (ainda é possível), a Argentina enfrenta o segundo colocado do Grupo D, composto por França, Dinamarca, Tunísia e Austrália. A situação se inverte se ficar na segunda posição do Grupo C.
Caminho até a final
O que mudaria, caso a Argentina não termine em primeiro de sua chave, é o caminho até o final e um possível duelo com o Brasil. No lado direito da chave, a Argentina pode enfrentar ainda Bélgica e Inglaterra, favoritas de seus grupos, caso se classifiquem em primeiro.
O confronto com o Brasil depende também da posição dos comandados de Tite no Grupo G. Favoritos contra Sérvia, Suíça e Camarões, a seleção brasileira enfrentaria a Argentina na semifinal caso ambos terminem em primeiro lugar. Com a derrota de seu maior rival na estreia, os argentinos podem terminar em segundo; neste caso, o duelo seria postergado para a final da Copa, isto se nenhuma das seleções for eliminada durante o caminho.
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Fonte: Estadão