Uma menina de 12 anos contou para a equipe escolar que era abusada sexualmente pelo irmão em Serra, região metropolitana de Vitória (ES). O homem de 29 anos foi preso em flagrante por estupro de vulnerável no local em que trabalhava.
Depois de participar de uma atividade pedagógica, a adolescente teve coragem para relatar o que acontecia para as amigas, que a incentivaram a falar com as professoras. O Conselho Tutelar foi acionado, ela foi levada até a Delegacia de Plantão Especializado da Mulher (Pem) de Vitória e os abusos foram comprovados por exames.
A vítima e o agressor não tiveram a identidade divulgada para preservar a adolescente. O homem já havia sido preso anteriormente por homicídio.
Zaini Araújo, uma das conselheiras tutelares responsável pelo caso, relatou que ela não tinha pai ou mãe e passou a ficar sob os cuidados do irmão, que a abusava desde que ela tinha 10 anos. “Ela estava saturada de estar naquele ambiente e ela tirou forças de onde não tinha pra sair daquele ambiente encorajada pelos profissionais da escola que fizeram um excelente trabalho”, relatou a profissional à TV Gazeta.
“Dentre uma das coisas que a adolescente falava é que ela gostaria de ser normal igual as amigas dela”, contou Zaini. A menina teria relatado para as conselheiras que não queria ter tido relações sexuais tão cedo.
“É na escola que a criança se sente à vontade para poder relatar. Além de conversar, é importante ficarem atentos aos sinais que a criança demonstra. Não teve ato sexual não é abuso. É sim. Passar a mão, qualquer outro ato libidinoso é um abuso sexual e deve ser denunciado”, ressalta Amanda Muzi, também conselheira tutelar que atendeu o caso.