Ícone do site Ecos da Noticia

Anielle Franco, irmã de Marielle, é confirmada na equipe de transição de Lula

A escritora Anielle Franco, irmã da ex-vereadora do Rio assassinada Marielle Franco, foi anunciada nesta quinta-feira (10), como integrante da equipe do governo de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Ela vai integrar o número temático que trata de políticas para mulheres.


“Recebi muito honrada o convite para integrar a equipe de transição do Governo Lula, mas ciente da grande responsabilidade e dos desafios postos, após os últimos anos de retrocesso de direitos das mulheres, sobretudo das mulheres negras, cis e trans, indígenas e quilombolas”, escreveu Anielle no Twitter.


Anielle Franco nasceu na Maré, conjunto de comunidades na Zona Norte do Rio de Janeiro. É bacharel em Jornalismo e em Inglês pela Universidade Central da Carolina do Norte, bacharel-licenciada em Inglês/Literaturas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), mestra em Jornalismo e em Inglês pela Universidade da Flórida A&M e mestranda em Relações Étnico-Raciais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Ela organizou seu primeiro livro, “Cartas para Marielle”, uma reunião de textos de familiares sobre a experiência de luto por Marielle Franco, sua irmã e referência, e colaborou na autobiografia de Angela Davis. Trabalha como professora, palestrante, escritora e é a atual diretora do Instituto Marielle Franco – que promove uma série de atividades culturais e educacionais para crianças como cineclubes, rodas de conversa, oficinas com contação de histórias e lançamentos de livros – e da Escola Marielles .


“Importante ressaltar que não adentro a equipe de transição sozinha, chego com o legado de Marielle e com a trajetória das mulheres negras. Isso mostra que somos muito maiores que qualquer discurso de ódio, desinformação e violências”, acrescentou, sobre a nomeação.


“Também é importante que nós, mulheres e pessoas negras, estejamos em todos os espaços de decisão de forma transversal. Somos qualificadas para estar em todos ministérios e secretarias. Vamos construir o Brasil do futuro, da esperança, para todas, todes e todos”, finalizou.


Outros nomes

Os novos nomes da equipe de transição foram anunciados pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).


Entre eles também estão os ex-ministros Paulo Bernardo e Guido Mantega, além da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).


O ex-governador paulista, que é o coordenador da transição, fez o anúncio no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), complexo que recebe o gabinete de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


A equipe de transição de Lula foi dividida em 31 áreas temáticas. O presidente eleito tem o direito de nomear 50 cargos remunerados para a transição e de contar com trabalho de voluntários.


Veja a lista dos novos nomes da equipe de transição anunciados nesta quinta:


Comunicações


  • Paulo Bernardo, ex-ministro das Comunicações
  • Jorge Bittar, ex-deputado federal
  • Cezar Alvarez, ex-secretário do Ministério de Comunicações
  • Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos formada na Universidade de Columbia

Direitos Humanos


  • Maria do Rosário, deputada federal e ex-ministra de Direitos Humanos
  • Silvio Almeida, advogado
  • Luiz Alberto Melchert, doutor em economia
  • Janaína Barbosa de Oliveira, representante do movimento LGBTQIA+
  • Rubens Linhares Mendonça Lopes, do setorial do PT para pessoas com deficiência
  • Emídio de Souza, deputado estadual (SP)
  • Maria Victoria Benevides, socióloga, professora doutora

Igualdade Racial


  • Nilma Lino Gomes, ex-ministra de Igualdade Racial
  • Givânia Maria Silva, quilombola e doutora em sociologia
  • Douglas Belchior
  • Thiago Tobias, do Coalizão Negra
  • Ieda Leal
  • Martvs das Chagas, secretário do Planejamento de Juiz de Fora
  • Preta Ferreira, movimento negro e movimento de moradia

Planejamento, Orçamento e Gestão


  • Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda
  • Enio Verri, deputado federal (PT-PR)
  • Esther Dweck, economista e professora da UFRJ
  • Antonio Corrêa de Lacerda, presidente do Conselho Federal de Economia

Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas


  • Germano Rigotto, ex-governador do Rio Grande do Sul
  • Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea
  • Rafael Lucchesi, diretor-geral do Senai Nacional
  • Marcelo Ramos, deputado federal (AM)
  • Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária;
  • Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae e do Instituto Lula
  • Paulo Feldmann, professor da USP
  • André Ceciliano, presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj)

Mulheres


  • Anielle Franco, diretora do Instituto Marielle Franco
  • Roseli Faria, economista
  • Roberta Eugênio, mestre em direito, pesquisadora do Instituto Alziras e ex-assessora de Marielle Franco
  • Maria Helena Guarezi, ex-diretora de Itaipu e amiga pessoal de Janja
  • Eleonora Menicucci, ex-ministra da Secretaria de Política para Mulheres
  • Aparecida Gonçalves, ex-secretária Nacional da Violência contra a Mulher

Gabinete de transição

O gabinete de transição faz um diagnóstico da situação da http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração federal e prepara os primeiros atos a serem tomados por Lula após a posse.


O presidente eleito fez nesta quinta a primeira visita ao local neste processo de transição.


Outros nomes

Alckmin anunciou na terça-feira (8) os primeiros nomes da equipe de transição. Ele oficializou o ex-ministro Aloizio Mercadante como coordenador do grupo técnico do gabinete; o ex-deputado Floriano Pesaro como coordenador-executivo do gabinete; e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, como coordenadora da articulação política do gabinete de transição.


O vice-presidente também anunciou os coordenadores de dois grupos temáticos, o de economia e do de assistência social. Veja a seguir:


  • Economia: André Lara Resende, Persio Arida, Guilherme Mello e Nelson Barbosa.
  • Assistência social: Simone Tebet (MDB-MS), Márcia Lopes, Tereza Campello e André Quintão.

Por Guilherme Mazui, g1 — Brasília


 


Sair da versão mobile