Chegou a 16 o número de pessoas presas pela morte do indígena José Ribamar Kaxinawá, de 32 anos, achado morto em janeiro deste ano na zona rural de Feijó, interior do Acre. Nesse sábado (5), a Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão contra um rapaz de 18 anos investigado pelo crime.
O suspeito estava foragido e escondido em um seringal na zona rural da cidade. No sábado, a polícia soube que ele estava na zona urbana e cumpriu o mandado judicial. “Ele voltou pra cidade e o pegamos aqui mesmo. Sabíamos que iria vim e estávamos monitorando ele”, resumiu o delegado responsável pelas investigações, Railson Ferreira.
A polícia confirmou também que o suspeito tinha sido internado em um centro socioeducativo por furto.
O indígena desapareceu no dia 7 de janeiro e a polícia recebeu informação de que ele teria sido morto e estaria enterrado. Ao fazer buscas, as equipes das polícias Militar e Civil localizaram o corpo em uma cova próxima a um igarapé na zona rural da cidade.
Ainda segundo a polícia, a motivação do crime teria sido dívida por drogas. As investigações apontaram que o indígena pertencia a uma organização criminosa e estaria dando guarida a membros de outro grupo. A vítima teria sido torturada, amarrada e enterrada em uma cova profunda na região.
Tentativa de homicídio em seringal
Também no sábado (5), os policiais de Feijó cumpriram um mandado de prisão contra um rapaz de 29 anos, suspeito de três tentativas de homicídio no Seringal Manto Verde em junho deste ano. Na época, as vítimas foram levadas para o hospital em estado grave.
“A delegacia de Feijó reafirma o compromisso na elucidação dos crimes contra à vida, angariando provas para condenação dos autores desses delitos. Feijó é a cidade do Acre com o segundo maior índice de mortes em 2021 e 2022 e consta com praticamente 100% de resolução dos casos, com os envolvidos presos e colocados à disposição do Poder Judiciário”, concluiu o delegado.
G1 Acre