Ontem, os ministros do TSE decidiram, por 4 votos a 3, excluir do Twitter um vídeo com críticas ao ex-presidente Lula e o caso gerou polêmica em relação à liberdade de expressão.
Os ministros consideraram que o conteúdo, apesar de não conter mentiras, causa “desordem informacional“ por atribuir ao petista casos de corrupção que ocorreram durante o seu mandato, como o mensalão.
Na visão da maioria, o vídeo da empresa de mídia Brasil Paralelo utilizou premissas verdadeiras, mas gerou uma conclusão falsa, com potencial de atrapalhar o “livre convencimento” do eleitor.
As divergências
Inicialmente, um dos ministros, Paulo Sanseverino, negou o pedido de remoção do vídeo, sendo acompanhado por outros dois colegas da Corte, que também defenderam a permanência do conteúdo.
Ele reconheceu que há “conteúdo negativo” sobre o candidato, mas disse que é “inegável a natureza artística e informativa do material publicado”, baseado em fatos amplamente divulgados pela mídia na época.
Mas, se não é fake news, pode apagar?
Para Alexandre de Moraes, sim. Segundo o presidente do TSE, que foi quem deu o voto de desempate, o caso expõe uma nova modalidades de desinformação. Em suas palavras, “juntar várias informações verdadeiras, que ocorreram, e aí trazer uma conclusão falsa” não seria aceitável.
Em resposta, a Brasil Paralelo afirmou que é “inacreditável que um vídeo montado com reportagens e fatos de ampla circulação nacional na grande mídia em 2004, 2005 e 2006 seja condenado à censura pelo calor da época eleitoral”.
Por falar no cara da foto
Ontem à noite, Moraes também vetou que o Cade e a PF investigassem os institutos de pesquisa. Para o ministro, o inquérito busca “satisfazer a vontade eleitoral” de Bolsonaro.
Fonte/ Portal The News