São Paulo leva gol no fim, perde do Botafogo e fica distante do G8

Em disputa direta por uma posição no G-8 do Campeonato Brasileiro, de olho na participação na próxima edição da Libertadores, o São Paulo acabou derrotado pelo Botafogo, por 1 x 0, neste domingo, no Morumbi. O único gol do jogo foi marcado nos últimos minutos, por Tiquinho Soares, em cobrança de pênalti


Em uma partida penalizada pela forte chuva, o São Paulo não conseguiu mostrar bom desempenho, insistiu em jogadas pelas laterais e não mereceu sair vencedor. Destaca-se, porém, a vontade dos atletas de vencer o duelo, principalmente no primeiro tempo. Mesmo assim, eles não foram poupados pelos torcedores, que cantaram: “Time sem vergonha.”


Com o resultado, o São Paulo se vê mais distante da luta por um lugar no torneio continental da próxima temporada, ficando estacionado na segunda metade da tabela, com 40 pontos. Já o Botafogo vai a 43 e eleva a esperança de classificação.


O jogo começou com o gramado carregado por causa da intensa chuva que caía na capital paulista. Em alguns setores do campo, a bola corrida com mais dificuldade, mas o São Paulo investia na troca de passes, sem rifar a bola, e passou a levar perigo. Os torcedores são-paulinos não podiam reclamar de falta de empenho, não havia lance perdido para os atletas.


A partir dos 15 minutos, o jogo se mostrou mais equilibrado, e o Botafogo arriscou mais chegadas ao ataque. O São Paulo mostrava muita determinação em conseguir a vitória. Jogadas pelas laterais, com cruzamentos para a grande área, eram o principal foco do time tricolor para movimentar o placar.


Apesar da insistência tricolor, nada conspirava para tirar o zero do marcador na etapa inicial. Os goleiros sequer foram requisitados. A primeira finalização do São Paulo só aconteceu aos 42 minutos. Não havia outro placar senão o 0 a 0 para demonstrar o que foram os primeiros 45 minutos no Morumbi. A chuva foi um grande obstáculo, mas as equipes também pecaram na criatividade ofensiva.


No segundo tempo, a chuva não deu trégua. O Botafogo voltou mais à vontade e obteve a primeira chance de gol em cabeceio de Cuesta, após uma cobrança de escanteio, aos 3 minutos. O time carioca criou oportunidades na bola parada. O São Paulo respondeu: Pablo Maia, aos 10, perdeu uma das raras brechas no jogo, ao finalizar em cima do goleiro Gatito Fernández. Aos poucos, o jogo ficou mais aberto e foi ganhando em emoção.


A insistência do São Paulo em fazer cruzamentos irritava os torcedores. Foi uma jogada pelos flancos que o São Paulo quase inaugurou o placar aos 19. Patrick tentou desviar o cruzamento rasteiro, mas a defesa botafoguense apareceu para impedi-lo. A partida manteve o mesmo caráter, com ambos os times podendo balançar as redes. Como o São Paulo estava obstinado a atacar somente pelas pontas, Rogério Ceni fez mudanças no setor para arejar as jogadas. Aos 29, Igor Vinícius apareceu na linha de fundo e buscou Luciano na grande área, mas o atacante cabeceou para fora.


Aos 37 minutos, um lance confuso dentro da área do São Paulo gerou revolta dos jogadores do Botafogo. Tchê Tchê foi puxado por Leo e acabou parando em Felipe Alves. O juiz Jean Pierre Gonçalves Lima foi chamado ao VAR. Após a checagem, foi assinalado o pênalti, e Leo foi expulso, com cartão vermelho direto. Na cobrança, Tiquinho Soares guardou e garantiu a vitória magra do Botafogo.


O São Paulo terá pela frente o clássico com o Palmeiras. O duelo está agendado para o próximo domingo (16/10), às 16h, no Allianz Parque. No mesmo dia, às 18h, o Botafogo mede forças com o Internacional, no estádio Nilton Santos.


Metrópoles


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