A Polícia Civil descobriu uma casa de prostituição em Praia Grande, no litoral de São Paulo, com suspeita de exploração sexual de crianças e adolescentes após a denúncia de uma adolescente de 16 anos, natural de Manaus, no Amazonas. Segundo apurado pelo g1 nesta sexta-feira (7), o casal suspeito de http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrá-lo foi indiciado, mas segue em liberdade.
O caso é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Praia Grande. Segundo informado ao g1, a DDM soube da denúncia em janeiro deste ano, quando a Polícia Civil do Amazonas entrou em contato informando que uma adolescente de 16 anos foi até a cidade no litoral paulista a convite de uma mulher, de 21 anos, para passar as férias escolares.
No depoimento à polícia, a adolescente disse que ao chegar no imóvel, no bairro Guilhermina, ela foi informada que ali funcionava uma casa de prostituição clandestina. Ainda segundo a polícia, a menor revelou que quis retornar para Manaus, mas que foi impedida pelo casal proprietário de ir embora, alegando que ela deveria pagar uma dívida de R$ 1.390. O valor seria referente aos gastos que tiveram com ela no período que esteve na casa.
De acordo com a Polícia Civil, a adolescente de Manaus fugiu da casa e retornou para a cidade natal no início de fevereiro. Em Manaus, ela comunicou a polícia sobre o que havia ocorrido. Desde então, os policiais civis das cidades envolvidas trocaram informações e escutaram testemunhas, até que uma equipe foi enviada ao local em Praia Grande na última quinta-feira (6).
No depoimento à polícia, a adolescente disse que ao chegar no imóvel, no bairro Guilhermina, ela foi informada que ali funcionava uma casa de prostituição clandestina. Ainda segundo a polícia, a menor revelou que quis retornar para Manaus, mas que foi impedida pelo casal proprietário de ir embora, alegando que ela deveria pagar uma dívida de R$ 1.390. O valor seria referente aos gastos que tiveram com ela no período que esteve na casa.
Conforme informado pela polícia, no local foram encontrados mais de 100 preservativos, máquinas de cartão de crédito, cigarros clandestinos, um livro contábil e folhetos contendo “regras de convivência da casa”, os quais o g1 teve acesso.
Os folhetos diziam que todas as mulheres deveriam estar “arrumadas, maquiadas, bem vestidas e de salto” no salão às 22h e que, caso não o fizessem, seriam penalizadas não podendo trabalhar por quatro dias. Nas regras do local também constava que o cliente é sempre prioridade e que, caso o atendimento fosse recusado por “motivo fútil”, o valor do atendimento seria cobrado.
O casal suspeito de http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrar a casa de prostituição clandestina, formado por um homem de 32 anos e uma mulher de 21, estava no local quando a equipe da DDM de Praia Grande foi até lá. Segundo a polícia, eles alegaram se tratar de uma casa de massagem. No entanto, não foram encontrados itens como macas ou quaisquer outros objetos normalmente utilizados nesse tipo de serviço.
A Polícia Civil indiciou o casal e mais um suspeito, de 19 anos, que estava no local, por manterem a casa de prostituição clandestina. O caso segue sendo investigado também pelo crime de exploração sexual de crianças e adolescentes.
O Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6) informou que depoimentos e informações que possam contribuir nas investigações podem ser feitos de forma anônima pelo Disque Denúncia, via telefone, pelo número 181.
Casa de prostituição clandestina
Em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Rede Globo na Baixada Santista, a delegada à frente do caso, Lyvia Cristina Bonella, explicou que o casal e o outro suspeito foram indiciados por serem suspeitos de manter uma casa de prostituição clandestina, já que a prostituição por si só não é crime.
“Prostituição por si só não é crime. Manter uma casa para explorar a prostituição alheia com habitualidade é crime e, no caso, há habitualidade”, diz.
A delegada pontuou que a polícia teve acesso a um contrato de locação da casa datado de agosto de 2021, que o boletim de ocorrência da denúncia da adolescente foi de fevereiro de 2022 narrando fatos de janeiro e que no local foram encontrados itens com anotações que davam a entender que o hábito de prostituição era recorrente no local de forma clandestina.