O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, disse nesta quinta-feira (13), que tomará medidas mais firmes para combater o assédio eleitoral, prática em que o empregador coage o funcionário a votar em determinado candidato.
Segundo Moraes, será feita uma reunião com o Ministério Público Eleitoral e com o Ministério Público do Trabalho para debater os casos denunciados em todo o país.
Até a última terça-feira, 11 de outubro, foram 197 acusações, sendo o Sul do Brasil a região com maior número de ocorrências: 103, até o momento.
“Lamentavelmente temos casos de assédio eleitoral do empregador coagindo, ameaçando para que seus funcionários votem ou deixem de votar em determinadas pessoas. Há inclusive empregadores querendo trocar dinheiro, querendo comprar o documento do empregador”, afirmou, segundo O Globo.
O encontro deve contar com a presença de Paulo Gonet, vice-procurador-geral eleitoral, e José de Lima Ramos Pereira, procurador-geral do MPT. Ainda que a prática já consista em crime comum e crime eleitoral, a reunião deve contribuir para o estabelecimento de critérios de atuação “mais efetiva e mais rápida” da Justiça, segundo Moraes.
“Não é possível que em pleno século 21 se queira coagir o empregado”, lamentou o presidente do TSE. Ele ainda aponta que a Corte já conta com um canal de denúncias, onde as denúncias podem ser feitas em sigilo.
Relembre alguns casos
No Rio Grande do Sul, a empresa de implementos agrícolas Stara divulgou um comunicado ameaçando cortar seus negócios se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições. O caso foi revelado pela Folha de S. Paulo.
Antes do primeiro turno das eleições, uma denúncia de assédio eleitoral foi registrada em Tocantins contra o pecuarista Cyro Toledo. Ele prometia 15º salário aos empregados, caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) fosse reeleito.
No Pará, um empresário garantiu R$ 200 a cada funcionário que não votasse em Lula. Ele foi multado em R$ 300 mil.
Na Bahia, a ruralista Roseli Vitória incentivou empresários do setor agropecuário a demitirem “sem dó” quem votasse no petista. Investigada pelo MPT, ela se retratou nas redes sociais e se comprometeu a custear campanhas nas rádios para reforçar a liberdade de voto e destacando a ilegalidade de coação.
Qual a data do segundo turno das Eleições 2022?
O segundo turno será disputado no dia 30 de outubro, último domingo do mês. Assim como no primeiro turno, o horário em que os colégios eleitorais estarão abertos para receber os eleitores será das 8h às 17h no horário de Brasília. Locais com fuso diferentes do da capital deverão adaptar seus horários para que o encerramento em todo o país seja simultâneo.
Quais cargos serão votados no segundo turno das Eleições 2022?
Em estados nos quais houver necessidade, haverá disputa para governador. Todos os estados e o Distrito Federal votarão para presidente da República.
Veja a ordem de escolha na urna eletrônica no segundo turno das Eleições 2022
- Governador (dois dígitos)
- Presidente da República (dois dígitos)
Fonte/ Portal Yahoo.com