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No interior do Acre, moradores fecham rua em protesto e cobram pavimentação de ramal

Um grupo de moradores do Ramal da Onça, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, fecharam a Estrada Boca da Alemanha com galhos de árvores e impossibilitaram a passagem de veículos no local desde às 5h desta terça-feira (25).


O ato é uma reivindicação por pavimentação do local, que durante o período de chuvas fica coberto de lama e buracos.


A estrada dá acesso à Cidade da Justiça, Universidade Federal do Acre (Ufac) e Instituto Federal do Acre (Ifac). Por conta do protesto, uma fila de carros se formou no local e os moradores dizem que só vão sair quando receberem uma resposta da prefeitura.


À reportagem, a prefeitura informou que uma equipe está em reunião com uma comissão de moradores para definir um cronograma de trabalho no local e que a intenção é fazer a recuperação no local de imediato.


A dona de casa Rademisia Rosas, de 46 anos, contou que mora no local desde que nasceu e que a situação sempre foi complicada, por falta de asfalto. Ela disse ainda que recentemente sua mãe morreu e que não foi possível fazer o velório dela em casa, porque chovia muito no dia e o ramal ficou intrafegável.


“Minha mãe faleceu tem nove dias e ela viveu a vida lá dentro e não pudemos nem velar minha mãe na casa dela, porque no dia estava chovendo muito e não tinha como trafegar lá. Tem finais de semana que não temos celebrações na igreja por conta que não tem como ninguém chegar, os moradores não podem sair de casa, é um ramal muito antigo. Outros ramais perto já foram asfaltados. Hoje resolvemos sair de nossas casas para poder reivindicar por melhorias, porque não é justo a gente passar a vida inteira andando na lama”, reclamou.


O fazendeiro Vagner Theodoro, de 45 anos, acabou preso no engarrafamento que se formou durante o protesto, mas disse que entende a comunidade.


“Estamos com muita pressa, mas a gente entende a situação do pessoal, porque a gente sabe da situação. Realmente é um pessoal lutador, pessoal de família que está reivindicando seus direitos. Então, apesar do grande atraso que está dando pra gente, a gente entende a situação. É justo, estão fazendo o que precisam”, afirmou.


Fonte/ Portal G1


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