Na TV, Bolsonaro e Lula se atacam e prometem aumentar salário mínimo

A economia popular está sendo o principal foco dos programas eleitorais dos candidatos à Presidência da República nesta última semana de campanha. Após semanas de debates focados na agenda moral e passando até por satanismo, o debate político chega na reta final falando mais de assuntos como o salário mínimo, numa conquista da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vem acusando o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), de não prever reajuste acima da inflação para salários e benefícios.


O programa de Bolsonaro, que veio primeiro na noite desta terça-feira (25/10), cumprindo um rodízio previsto pela Justiça Eleitoral, trouxe a promessa de aumento real do salário mínimo e de benefícios baseados nele, como aposentadorias e pensões.


A campanha bolsonarista também prometeu aumento real pra os servidores públicos federais, que ficaram sem reajuste em seu governo, e isenção no Imposto de Renda para quem ganha até R$ 6 mil por mês.


O programa de Bolsonaro também voltou a fazer críticas a Lula e aos governos do PT, após alguns dias sem falar do adversário. O petista foi acusado de “destruir as estatais” e de provocar cortes na aposentadoria de funcionários da Petrobras graças ao rombo.


51 imóveis

O programa de Lula também trouxe críticas a Bolsonaro focadas na corrupção e disse que o presidente “gosta de apontar o dedo” mas que “foi a família dele que comprou 51 imóveis em dinheiro vivo”. A peça ainda classificou o orçamento secreto como “maior esquema de corrupção da história do país”.


A campanha petista também colocou no ar trechos de uma peça sobre ódio e bolsonarismo que havia sido levada para as redes sociais, ligando Bolsonaro ao presidente afastado do PTB, Roberto Jefferson, preso após atirar e jogar granadas contra policiais federais. O caso Roberto Jefferson, porém, não foi tratado pelo PT na propaganda desta terça.


Na segunda parte do programa, Lula apareceu e também prometeu aumento real do salário mínimo, uma proposta que o petista vem fazendo desde o início da campanha e que tem ecoado cada vez mais na campanha do adversário.


Por fim, Lula acenou para o eleitorado feminino ao defender salários iguais para homens e mulheres. “Se fizer a mesma função, tem que receber o mesmo salário”, afirmou ele, na peça.


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