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Lula agradece a Deus, fala em conciliação e diz ter derrotado a máquina do governo de Bolsonaro

No primeiro discurso após ser eleito presidente pela terceira vez, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agradeceu a todos os que votaram neste domingo (30) e prometeu encontrar uma saída para o país voltar a ter paz e viver democraticamente. O líder petista falou em diálogo com o Congresso e o Judiciário.


Lula pediu respeito à Constituição e disse ser a hora de baixar as armas, que a bandeira verde e amarela não tem dono e que precisará de todos da política, da imprensa e da sociedade para governar o país. O petista disse que todos terão de encontrar uma saída para que o país volte a viver harmonicamente.


O líder petista definiu a eleição deste ano como uma das mais importantes da história e afirmou que um grande movimento foi formado acima dos partidos políticos e dos interesses pessoais em prol da democracia.


“A eleição colocou frente à frente dois projetos opostos e que hoje têm um único e grande vencedor: o povo brasileiro. Esta não é uma vitória minha, nem do PT, nem dos partidos que me apoiaram nesta campanha. É a vitória de um imenso movimento democrático”, disse Lula, que pouco antes havia agradecido a senadora Simone Tebet (MDB-MS), aplaudida pelos presentes.


Ele afirmou que será preciso retomar o diálogo com o Legislativo e Judiciário sem tentativas de “exorbitar, intervir, controlar ou cooptar, mas buscando reconstruir a convivência harmoniosa e republicana entre os três poderes”.


Lula afirmou também que pretende retomar o diálogo com os governadores e prefeitos, para que sejam definidas em conjunto as obras prioritárias para a população.


O petista não citou nominalmente o adversário, Jair Bolsonaro (PL), mas afirmou que enfrentou durante a campanha não um candidato, mas “a máquina do Estado brasileiro”.


“Tentaram me enterrar vivo e eu estou aqui para governar este país em uma situação muito difícil”, disse.


O presidente eleito falou em avanços sociais e na economia. “A volta da economia vai voltar a girar, com geração de empregos, valorização dos salários e renegociação das dívidas das famílias”.


O petista falou em geração de renda, em especial com os pobres fazendo parte do Orçamento e destacou como prioridade o combate à fome e o programa de inclusão e de moradias populares.


Lula falou também em igualdade salarial de gênero e no combate à violência contra as mulheres e disse enfrentar o preconceito, o racismo e a discriminação. “Vou governar para todos os brasileiros, e não somente àqueles que votaram em mim.”


Ele reiterou promessas que fez durante a campanha, entre as quais incentivos aos micros e pequenos empreendedores, apoio aos pequenos e médios produtores rurais e a retomada do programa habitacional Minha Casa Minha Vida.


Lula afirmou que não interessa a ninguém viver em um país dividido. “O verde amarelo não pertence a ninguém, e sim ao povo brasileiro”.


O petista discursou ao lado de aliados. Estiveram no hotel os deputados André Janones (Avante-MG) e José Guimarães (PT-CE), os senadores Fabiano Contarato (PT-ES), Humberto Costa (PT-PE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o prefeito do Recife, João Campos (PSB), a presidente nacional do PC do B, Luciana Santos, o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, o ex-secretário de Educação Gabriel Chalita, entre outros.


Mais cedo, ao votar em São Bernardo do Campo, o petista afirmou que hoje é o dia “mais importante” de sua vida e enalteceu a democracia.


FolhaPress


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