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Justiça autoriza soltura de suspeito de ordenar assassinatos de Dom e Bruno

A Justiça Federal do Amazonas autorizou a soltura de Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, suspeito de ser o mandante dos homicídios do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. A autorização foi dada na última quinta-feira (6).


Segundo a defesa de Colômbia, o suspeito vai passar por uma audiência de custódia no próximo dia 24 para tratar da liberdade em um outro processo que apura sua participação em organização criminosa armada e crimes ambientais.


Por esse motivo, Colômbia deverá seguir preso até que saia o resultado dessa audiência.


O advogado Eduardo de Souza Rodrigues informou que a Justiça revogou a privisão preventiva por reconhecer o direito de Colômbia de responder o processo em liberdade.


Rodrigues afirmou que Colômbia é investigado pelos homicídios, mas que a “PF ainda não reuniu um único elemento de ligação dele com as mortes”. O advogado disse ainda que a defesa trabalha para mostrar que ele não participou do crime.


O Ministério Público Federal recorreu da soltura ainda na quinta-feira (6). A procuradora da República Aline dos Santos afirmou que a liberdade “possibilitará que a associação criminosa que atua na região de Atalaia do Norte volte a agir com normalidade. O líder da associação estará livre para reorganizar o grupo. Há, dessa forma, alto risco de reiteração”, escreveu.


Colômbia foi detido em flagrante por uso de documentos falsos ao ser ouvido na delegacia de Tabatinga sobre suposta participação nos homicídios. À época, ele negou envolvimento com os assassinatos.


A Polícia Federal, no entanto, aproveitou a prisão de Colômbia para aprofundar as investigações sobre as mortes do jornalista e do indigenista.


As mortes de Bruno e Dom ocorreram em junho deste ano na região da Terra Indígena Vale do Javari. Apesar de negar participação nos crimes, Colômbia é apontado por indígenas como o mandante das mortes de Bruno e Dom.


Ele também é suspeito de usar o esquema da pesca ilegal de pirarucu, tracajás e animais de caça para lavar dinheiro do narcotráfico.


Outros envolvidos

Outros três homens são investigados pelos assassinatos:


  • Amarildo da Costa Oliveira, conhecido pelo “Pelado”
  • Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como“Dos Dantos”
  • Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”

Os três estão presos, em decorrência das investigações.


Na denúncia apresentada à Justiça, o Ministério Público Federal entendeu que os três homens devem ser julgados por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.


O MPF argumentou que Amarildo e Jefferson confessaram o crime. Disse ainda que a participação de Oseney foi mencionada em depoimentos de testemunhas.


O crime

Bruno e Dom desapareceram quando faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia. Eles foram vistos pela última vez em 5 de junho, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael. De lá, seguiam para Atalaia do Norte. A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.


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