Escalada no conflito entre Rússia e Ucrânia afeta de forma direta a economia brasileira, diz especialista

Foto: Agência Brasil

Vitórias recentes da Ucrânia na guerra com a Rússia levaram a uma escalada do conflito. Agora, os estão com armamentos mais novos e modernos, fornecidos pelo Ocidente, que os tornaram capazes de retomar aproximadamente 6 mil quilômetros quadrados de seu país. Só que as lutas mais intensas entre os dois países têm impacto direto na economia, inclusive na brasileira.


De acordo com João Alfredo Lopes Nyegray, especialista em Negócios Internacionais, doutor em estratégia e professor da Universidade Positivo (UP), a Europa está entrando em uma crise energética rigorosa conforme o inverno europeu se aproxima.


“Commodities e em especial o mercado de commodities energéticas como petróleo e gás podem ter altas nos preços e essas altas por sua vez podem acabar gerando uma inflação cada vez maior. O Brasil que vêm conseguindo controlar a inflação pode ter os seus esforços anulados”, diz


Segundo o especialista, se as commodities tiverem alta existe também a possibilidade de o Brasil tem um superavit maior que o previsto.


Os russos têm comprado armamentos do Irã e Coréia do Norte e, ao que tudo indica, essa convocação dos 300 mil soldados é apenas a primeira de outras que virão. Mesmo que Putin tenha ameaçado o Ocidente como um todo, o Brasil não corre risco de ataques. Segundo João Alfredo isso se deve ao fato de o governo brasileiro não ter tomado nenhum dos lados no conflito. Além disso, o Brasil está distante da Rússia geograficamente e isso dificulta possíveis ataques.


“Não é bem visto que o Brasil esteja alheio às condenações feitas aos atos russos, que são, obviamente, ilegais perante ao direito internacional. Essa escalada afeta, novamente, tanto a economia brasileira quanto a global”, afirma


João Alfredo ressalta que os setores mais atingidos pela escalda da guerra os diretamente ligados à área militar. Ao final deste ano, empresas que atuam nessa área certamente terão benefícios. Por outro lado, as commodities energéticas e as ligadas aos grãos, devem sofrer novas altas nos preços.


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