Após seis meses no ar, “Pantanal” chegou ao fim na última sexta-feira, 07 de setembro.
Agora, o elenco já está liberado para passar por mudanças no visual e se despedir de seus personagens, como foi o caso de Marcos Palmeira, intérprete de José Leôncio, que se livrou da barba e dos cabelos compridos, adotando um cabelo mais curto, conforme mostrou em suas redes sociais.
Para assistir ao capítulo final do folhetim, o ator promoveu um encontro entre os seus colegas de elenco em sua casa, onde Osmar Prado, José Loreto, Guito e Aline Borges desfilaram os seus novos visuais pós-gravações. Prado, intérprete do Velho do Rio, também perdeu o cabelo e a barba compridos, característicos da entidade.
Loreto, que viveu Tadeu, filho de Zé Leôncio na novela, desapareceu com os seus cachos ao aparecer com os cabelos bem curtos. Já Guito raspou o bigode usado para dar vida ao peão Tibério. Aline Borges, por fim, apareceu com mechas mais claras nos cabelos escuros de sua personagem, Zuleica.
Jesuíta Barbosa, o Jove, não esteve presente na reunião, mas compartilhou a mudança em suas redes sociais: o ator adicionou luzes aos cabelos castanhos e diminuiu o comprimento das madeixas, ostentando cachos loiros.
O sucesso da nova “Pantanal”
Adaptada por Bruno Luperi, “Pantanal” estreou na Globo em 28 de março deste ano, exatos 32 anos após a versão original, do avô de Luperi, Benedito Ruy Barbosa, ser lançada na extinta Rede Manchete. Ao longo dos seis meses de exibição, a história se manteve à original, mas teve importantes adaptações para incorporar pautas atuais.
Um dos maiores destaques foi Maria Bruaca, interpretada por Isabel Teixeira, que apresentou uma história de revolução própria, indo de uma dona de casa rejeitada pelo marido para uma mulher independente, rebatizada de Maria Chanaleira, que assume as rédeas de sua vida e decide o seu próprio futuro. “Eu passei uma vida inteira esperando. Eles que esperem um pouco mais. Eu não tenho marido. Nunca tive! Tive dono, marido, nunca na vida”, disse ela ao se libertar de seu passado.
O romance da personagem com Alcides, papel de Juliano Cazarré, também ficou na boca do público, especialmente pelo fim trágico dado ao peão. Na versão original, após Tenório descobrir as traições de sua esposa, o vilão decide castrar Alcides, como uma forma de arrancar a sua masculinidade definitivamente.
Luperi, no entanto, decidiu dar outro rumo à história do personagem, tão trágico quanto o anterior: como vingança, Tenório abusa sexualmente de Alcides, o que acaba humilhando o peão, que não consegue mais se relacionar com Bruaca.
Ainda que parte do público tenha desaprovado a mudança na história de Alcides, alegando que a violência seria “desnecessária” à novela, repetir o final da novela original, nos dias de hoje, limitaria criativamente a novela, tornando a reducionista e em desencontro com a realidade atual.