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Depois do término das eleições, veja como é feita a contagem de votos

Termina às 17h (horário de Brasília) de domingo (30), em todo o Brasil, o horário para votar no segundo turno das eleições de 2022.


Assim que termina o pleito, tem início o processo para fazer com que os dados das urnas eletrônicas cheguem ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para realizar a contagem.


Em algumas horas, os supercomputadores da Corte somam os votos e apresentam os resultados. A CNN mostra o que acontece com as urnas eletrônicas após as eleições e como é feita a apuração dos votos.


Preparação

Antes de as seções abrirem para a votação, é preciso imprimir um documento de cada urna para comprovar que ela não recebeu nenhum voto previamente. A zerésima, como é chamada, é de responsabilidade do presidente da seção eleitoral.


A impressão deve ser feita diante dos mesários que atuam na seção e dos fiscais enviados pelos partidos políticos. Na sequência, todos eles precisam assinar o documento. Cada seção pode ter até seis mesários nomeados pelo juiz eleitoral.


Só depois desse procedimento é que as urnas estarão habilitadas para receber votos, a partir das 7h, no horário de Brasília.


Fim da votação

Às 17h, horário de Brasília, os presidentes das respectivas seções eleitorais devem digitar uma senha na urna para encerrar a votação.


Em seguida, o equipamento emite cinco vias do boletim de urna, que informa o total de votos dos candidatos, partidos políticos, votos brancos, nulos, além do total de votos recebidos pelas urnas.


Os votos nos boletins de urnas são embaralhados, de modo que o primeiro que aparece no documento não necessariamente é da primeira pessoa que votou naquela urna. O objetivo é assegurar o direito à confidencialidade do voto.


Uma das vias do boletim é fixada na porta da respectiva seção, o que permite verificar o resultado naquele local; outras três vias são juntadas e encaminhadas ao respectivo cartório eleitoral; e a última via é entregue aos representantes ou fiscais dos partidos. É possível imprimir mais vias, caso seja necessário.


Depois disso, as urnas e seus cartões de memória são encaminhados para testes de autenticidade nos Tribunais Regionais Eleitorais. Nessa etapa, técnicos analisam se as 30 camadas de proteção colocadas nos dados foram ou não violadas e também verificam o log da urna, que funciona como uma “caixa-preta”.


Depois da comprovação de que não houve violação dos dados, eles são transmitidos através de uma VPN (“Virtual Private Network” ou Rede Privada Virtual, em tradução livre) para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


A VPN dispensa a necessidade de se usar a internet para transmitir as informações, evitando possíveis ataques cibernéticos.


A contagem dos votos

No TSE, ocorre a soma de todos os votos enviados pelos Tribunais Regionais Eleitorais. O cálculo é feito de maneira pública, por meio de um supercomputador da empresa americana de tecnologia Oracle, o “Exadata X8 Full Rack”.


Um segundo supercomputador, do mesmo modelo, também é utilizado caso ocorram falhas com o principal. As máquinas ficam localizadas em uma sala-cofre.


Apenas três servidores têm acesso ao local. São técnicos que garantem o funcionamento do maquinário. Para entrar, é preciso de uma chave que fica guardada em um segundo cofre, também com entrada restrita.


Caso algo precise ser corrigido dentro do sistema dos supercomputadores, é necessária a leitura das digitais de dois desses três servidores ao mesmo tempo, além do uso de crachá específico.


Qualquer cidadão pode acessar a plataforma do TSE e acompanhar ao vivo a contagem, por meio dos softwares Divulga e DivWeb. A Corte ainda faz parcerias com veículos de rádio, TV e internet para divulgar os resultados.


É possível ter o resultado poucas horas após o término da votação. Após a conclusão da soma dos votos, partidos e entidades fiscalizadoras podem pedir todos os arquivos das urnas eletrônicas e do banco de dados para checar o resultado.


Fonte/ CNN BRASIL


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