Com uma equipe renovada, o Brasil foi superado pela favorita Sérvia por 3 sets a 0, com parciais de 26/24, 25/22 e 25/17, na cidade de Apeldoorn, na Holanda, neste sábado (15). Foi a quarta vez que o time feminino nacional perdeu uma decisão de Mundial, competição que nunca conquistou.
O bloqueio brasileiro, que foi destaque na semifinal contra a Itália, não funcionou na decisão. Erros de saque e ataque mostraram que as jogadoras estavam mais nervosas que o normal.
Atual campeã, a Sérvia impôs o jogo ao mesmo tempo em que a seleção brasileira cometia erros. No primeiro set, as sérvias conseguiram fechar por pequena vantagem de 2 pontos, no mais disputado.
No segundo set, o Brasil jogou de igual para igual, mas de novo, erros na reta final determinaram a vitória da Sérvia por 25 a 22.
No terceiro set, o Brasil até chegou perto no placar, quando o jogo estava 8 a 6 para a Sérvia. Mas após erros de saque e recepção, as atuais campeãs abriram diferença de 8 pontos e fecharam o terceiro set em 25 a 17.
Na Sérvia, o destaque foi Tijana Boskovic, eleita a melhor jogadora do mundial.
A chegada à final surpreendeu o próprio técnico Zé Roberto Guimarães, que comemorou as surpreendentes vitórias sobre Japão e Itália, nas quartas de final e na semifinal, respectivamente.
Zé Roberto evitou surpresas na escalação. Manteve Rosamaria no lugar de Pri Daroit, como vinha fazendo, e colocou em quadra a líbero Nyeme, ao lado também de Macris, Lorenne, Gabi, Carol e Carol Gattaz. Ao longo da partida, o treinador colocou em quadra Kisy, Roberta, Tainara e Pri Daroit.
Sérvia
Do outro lado, a Sérvia superou um retrospecto bastante desfavorável diante do Brasil para manter a invencibilidade e faturar o título. As europeias contabilizavam 22 derrotas e apenas três vitórias na história dos confrontos prévios.
Em campeonatos mundiais, a final deste ano foi o quarto duelo entre as duas seleções. Nos anteriores, o Brasil havia vencido duas vezes (2006 e 2014) e perdido uma (2018).
Uma final de Campeonato Mundial não terminava com placar de 3 a 0 desde a edição 1998, no bicampeonato de Cuba sobre a China.
Com o triunfo, a seleção europeia comandada pelo técnico italiano Daniele Santarelli conquistou o bicampeonato consecutivo, após ter levantado a taça também na edição anterior do Mundial, em 2018.
Na disputa pela medalha de bronze, também neste sábado em Apeldoorn, as italianas bateram as americanas por 3 sets a 0 (25-20 25-15 27-25).(com Folhapress)