João Amoêdo (Novo), um dos fundadores do Novo, anunciou que vai votar em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição presidencial deste ano. Em entrevista à Folha de S. Paulo, divulgada neste sábado (15/10), o candidato à Presidência da República derrotado em 2018 fez críticas a Jair Bolsonaro (PL), que tenta reeleição, e afirmou que votar em Lula será uma “tarefa dificílima”.
“Bolsonaro confirmou ser não apenas um péssimo gestor, como já prevíamos, mas também uma pessoa sem compaixão com o próximo. Ele é incapaz de dialogar, de assumir suas responsabilidades e não tem compromisso com a verdade. É um governante autocrático que se coloca acima das instituições”, disse Amoêdo.
Em 2018, Amoêdo foi o quinto no primeiro turno da eleição presidencial, com 2,5% dos votos válidos. Bolsonaro teve 46,03% e, posteriormente, 55,13% no segundo turno – com o apoio de Amoêdo e do Novo. Fernando Haddad (PT) teve 44,87% no segundo turno e acabou derrotado
Amoêdo seguiu a entrevista e afirmou que continua com “as mesmas críticas” quanto ao PT e a Lula. “Em relação ao PT e a Lula continuo com as mesmas críticas e enormes restrições. Como esquecer o mensalão, o petrolão, a recessão de 2015 e 2016, as pedaladas fiscais, o apoio a ditaduras? Discordo integralmente das ideias e dos métodos. A incapacidade de assumir erros é garantia de erros futuros. Nunca tive dúvida. Nem Lula nem Bolsonaro merecem meu voto. Serei oposição a qualquer um dos dois”.
“No dia 30, farei algo que nunca imaginei. Contra a reeleição de Jair Bolsonaro, pela primeira vez na vida, digitarei o 13. Apertar o botão ‘confirma’ será uma tarefa dificílima. Mas vou me lembrar do presidente que debochava das vítimas na pandemia, enquanto milhares de famílias choravam a perda de seus entes queridos”, completou, posteriormente.
Em 2022, o Novo ainda não se posicionou abertamente sobre um apoio no segundo turno – ocorre em 30 de outubro. Contudo, o principal cabo eleitoral do partido, Romeu Zema (Novo), governador reeleito de Minas Gerais, anunciou apoio a Bolsonaro após o primeiro turno.
Estado de Minas