Há um mês, a família de Analici Ramos de Oliveira, de 50 anos, está em busca de respostas pelo paradeiro da funcionária pública sequestrada enquanto seguia de bicicleta para o trabalho, em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. A angústia é cada vez maior entre os amigos e familiares que esperam ansiosamente por esclarecimentos da Polícia Civil, responsável pela investigação.
“Até agora não sabemos de nada. A polícia só fala que os trabalhos estão em andamento. A família está toda angustiada e sofrendo”, afirmou a O TEMPO uma parente que optou pelo anonimato.
Analici foi sequestrada por volta das 6h30 de 23 de setembro, na rua Wenceslau Braz, no bairro Santa Rita, em Governador Valadares. No local, a Polícia Militar (PM) localizou uma bicicleta caída, que depois foi identificada por familiares da vítima como sendo a que a funcionária utilizava.
“Quando recebemos a notícia do sequestro foi um susto muito grande, porque ela estava indo para o trabalho. Está difícil demais não saber o que está acontecendo. Fica aquela indefinição se ela ainda está viva ou não. Só Deus! Eu sou muito ligada nela”, destacou.
‘Cadê a vovó?’, perguntam netos
A saudade é ainda maior, conforme conta a entrevistada, nos netos de Analici. “Um dos netinhos pergunta sempre por ela e agora está ainda mais. Ele sempre diz: ‘cadê minha vovó? Já chegou de viagem?’. É dolorido demais”.
Na época do sequestro, um vídeo divulgado sobre o caso mostra a aproximação de um veículo branco à ciclista. Na gravação, é possível ver pelo menos dois suspeitos, sendo um deles alto, moreno, magro e que usava camisa e boné pretos e uma máscara branca no rosto.
Em 25 de setembro, um dos suspeitos de sequestrar Analici foi preso por equipes da Polícia Civil. A reportagem questionou a instituição sobre o andamento da investigação e aguarda o retorno. A matéria será atualizada assim que o posicionamento for recebido.