Menina de onze anos, está grávida pela segunda vez por conta de estupro foi levada para abrigo pro determinação da Justiça. A criança é mãe de um bebê de 9 meses e a família está sendo investigada por omissão familiar ou de órgãos de proteção da infância. A menina, que não teve o nome revelado por segurança, vive no interior do Piauí, ambas gestações foram causadas por abuso sexual, a vítima teria direito de realizar um aborto, de acordo com as leis da legislação brasileira. Na primeira gravidez nada foi feito para interromper o processo da gestação e por conta disso, atualmente a menina é mãe de um bebê de 9 meses.
Segundo médicos da Maternidade Dona Evangelista Rosa, que fica em Teresina, também realiza atendimento para vítimas de abuso, contou que após examinar a menina constatou-se que ela está de aproximadamente 12 semanas. A descoberta da gravidez ocorreu na sexta-feira, 9 de setembro, quando a criança estava em um abrigo escolhido pelo Conselho Tutelar.
Após a descoberta da gestação, a menina de 11 anos foi mandada de volta para a casa do pai, mas a juíza da 2ª Vara da Infância e Adolescência em Teresina, Maria Luiza de Moura Mello, determinou na segunda-feira, 12 de setembro, que a menina deveria ir para um abrigo especializado, de acordo com ela a família não possui estruturas para acompanhar a gestação da menor de idade, já o bebê de 9 meses continuará sendo cuidado pela avó do bebê.
A conselheira tutelar, Renata Bezerra, relatou que a menina não frequenta a escola há um ano, desde que foi descoberta a primeira gestação e também afirmou que a menina estaria disposta a interromper a gravidez: “Nessa situação, ela deu o sinal de que queria [o aborto], mas quando chegou em casa, que a mãe ‘bateu o pé’ que não, ela ficou calada, não disse mais nem que sim nem que não”, contou Renata Bezerra para o G1.
Renata ainda contou que a menina estava se preparando para voltar para a escola antes de descobrir a segunda gestação: “Ela estava sonhando em retornar para a sala de aula e recebeu essa notícia de estar grávida novamente. Ela estava fazendo planos para estudar, trabalhar e criar seu primeiro filho”, disse a conselheira tutelar. As autoridades que acompanham o caso afirmaram que a menina tem direito ao aborto, e que o pai concorda com a decisão, já amãe é contra a interrupção da gravidez da filha de 11 anos.