A ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou nesta segunda-feira (19/9) que sejam removidos das redes sociais vídeos e mensagens com informações falsas de que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria contrário ao agronegócio.
“Trata-se de estratégia de desinformação, com evidente distorção dos fatos, para que o cidadão conclua que a fala ‘agronegócio deve ser eliminado da Terra’ seja atribuída ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva”, escreveu a ministra Cármen Lúcia, em sua decisão.
A ação foi movida pela Coligação Brasil da Esperança, formada pelos partidos PT, PV, PCdob, PSOL, REDE, PSB, Solidariedade, Avante, Agir e Pros, e que tem Lula como candidato.
“O candidato, em seu governo, promoveu inúmeras medidas de incentivo e subsídio ao agronegócio brasileiro para instituir medidas de estímulo à liquidação ou regularização de dívidas originárias de operações de crédito rural e de crédito fundiário, exonerando o passivo dos produtores do agronegócio”, afirmou a defesa do petista.
Defesa do agro
Na última sexta-feira (16/9), Lula se defendeu de críticas da classe de empresários do agronegócio. Durante coletiva em Porto Alegre (RS), o petista foi questionado qual seria a razão de não ter apoio desse grupo.
“Eu não tenho preconceito contra o agronegócio. Eu acho que esse país pode plenamente conviver uma forte agricultura familiar com um forte agronegócio. Um planta mais para exportar e um para o mercado interno e pode viver tranquilamente. Eu sinceramente acho que o ódio que alguns desmontam é ideológico. E aí não tem cura, porque se o cara tem divergência ideológica e não quer mudar de posição nunca… Mas eu sempre me dei bem [com o agro]”, afirmou.
Metrópoles