Na segunda-feira (19), após o fim da cerimônia fúnebre na majestosa Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, o caixão de Elizabeth II vai baixar 15 metros sob o piso.
Será colocado em uma mesa de pedra. Ficará ali por dias, ou semanas, talvez meses. A decisão cabe ao rei Charles III.
A despedida ao longo de 10 dias e a falta de pressa em colocar a monarca em seu destino final explicam o caixão de madeira revestido internamente de zinco.
O material isola o cadáver da ação de organismos externos e da umidade. Ajuda a prolongar a preservação do corpo embalsamado.
Quando for decidido enterrar a rainha, o caixão será depositado em uma câmara de pedra no nível do chão (semelhante à sepultura de um cemitério parque), em uma pequena capela à direita da nave da igreja.
Os restos mortais do marido de Elizabeth, príncipe Philip, morto em abril de 2021, aos 99 anos, serão transferidos para o local.
Os dois, que foram casados por 73 anos, descansarão lado a lado pela eternidade.
Em uma sala na mesma capela estão os restos mortais do pai da soberana, rei George VI (falecido em 1952), da rainha-mãe, Elizabeth (morta em 2002), e as cinzas da única irmã, princesa Margaret, também falecida em 2002.
A parte final da cerimônia, após a urna da rainha desaparecer sob o chão, não será transmitida pela TV. A privacidade com um toque de mistério faz parte do rito.
O mesmo acontece com os papas: o transporte do caixão até a câmara na cripta da Basílica de São Pedro acontece longe dos olhares da imprensa e do público.
Como os súbitos e os turistas jamais poderão visitar o túmulo de Elizabeth II no Castelo de Windsor, homenagens acontecerão em torno das estátuas da monarca que serão construídas em breve em todos os cantos do Reino Unido.