O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta terça-feira (27/9) Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), por ter pedido voto para Luiz Inácio Lula da Silcva (PT) no primeiro turno das eleições, marcado para o próximo domingo (2/10).
“Agora, depois de ter uma passagem pelo Supremo, ninguém entende — ele pode responder, não interessa, não tem que dar satisfação para ninguém — por que renunciou. Alguma coisa aconteceu. Cada um pode pensar o que bem entender. Eu não vou falar o que penso, mas o meu pensamento tenho certeza que vai estar de acordo com a maioria de vocês”, disse o chefe do Executivo federal durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais.
“Bolsonaro não é um homem sério”, diz Barbosa
Mais cedo, nesta terça, um vídeo divulgado nas redes pela campanha do PT mostra o ex-presidente do STF dizendo: “É preciso votar já em Lula no primeiro turno para encerrar essa eleição no próximo domingo”.
Na publicação, Barbosa diz que Bolsonaro “não é um homem sério”, é “desprezível” e “não serve para governar” um país como o Brasil.
Veja:
Algoz do mensalão
Durante o seu tempo como ministro do STF, Joaquim Barbosa foi relator dos processos do mensalão e votou pela condenação de petistas.
Em 2018, o ex-ministro chegou a ensaiar candidatura à Presidência da República pelo PSB, o que não avançou. No segundo turno, ele declarou voto em Fernando Haddad (PT).
Onda de apoios
A declaração de Joaquim Barbosa foi articulada por integrantes do Prerrogativas, grupo de advogados progressistas que apoia a eleição de Lula, com a ajuda de Alckmin.
O vídeo do ex-ministro vem na esteira de uma série de apoios a Lula que o grupo vem articulando nos últimos dias, no esforço de tentar viabilizar a vitória do petista já no primeiro turno.
Na reta final da campanha, o petista conseguiu o apoio das seguintes personalidades políticas e artísticas:
- Miguel Reale Júnior, autor do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT), sucessora de Lula;
- Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda de Michel Temer e que é filiado ao União Brasil, partido que tem Soraya Thronicke como candidata à Presidência;
- Marina Silva, ex-ministra de Lula que deixou o PT após divergências com o partido e disputou as eleições de 2014 contra Dilma e de 2018 contra Fernando Haddad (PT);
- Caetano Veloso e Tico Santa Cruz, artistas que fizeram campanha para Ciro Gomes (PDT) em 2018.
Metrópoles