O memorial de Plácido de Castro, localizado na zona rural de Rio Branco, construído para ser um dos principais pontos turísticos da capital, está abandonado e esquecido pelo poder público. Um verdadeiro retrato do desperdício do dinheiro público.
O “museu a céu aberto” foi construído em agosto de 2008, no governo de Binho Marques, na região do Seringal Benfica, local da emboscada de 9 de agosto de 1908, que culminou com a morte do coronel José Plácido de Castro. A obra foi feita em alusão ao centenário da revolução.
Na Área de Proteção Ambiental do Amapá, em cerca de 12 hectares, entre o rio Acre e o igarapé Distração, foram instaladas oito esculturas confeccionadas em fibra de vidro, no local onde Plácido teria tombado após ser alvejado a tiros, representando um dos momentos mais dramáticos da Revolução Acreana.
Ao museu, os visitantes deveriam chegar por meio de uma trilha ecológica, que, sem manutenção, no entanto, ficou tomada pelo matagal. A passarela que dá acesso se deteriorou com a ação do tempo.
Os quiosques erguidos (banheiros é lanchonetes) foram saqueados e depredados por vândalos. Até pias e caixas d’agua foram levadas.
O túmulo do líder da revolução está tomado de mato. A única estátua que está inteira é a de Plácido em cima do cavalo. As demais estátuas estão amarradas por fios e tacos de madeira para permanecerem em pé
Em 2001, os restos mortais de Plácido de Castro foram enviados para o Rio Grande do Sul, seu estado natal.
Atualmente, de acordo com o historiador Marcos Vinícius, todos espaços de memória histórica do estado, criados para serem de visitação pública, estão abandonados.
“Foi muito investimento público, e é importante lembrar que isso é dinheiro do povo acreano, que foi dedicado a retornar ao próprio povo acreano, através desses espaços de visitação, e o lugar da emboscada é um grande exemplo disso”, concluiu.
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