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Homem que tentou matar Cristina Kirchner era uma pessoa deprimida e solitária, diz inquilino de Fernando Sabag

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Filho de pai chileno e mãe argentina, Fernando Sabag Montiel nasceu em São Paulo. Ele tem 35 anos. Vive na Argentina desde os seis e na última quinta-feira (1°) apontou uma pistola para o rosto de Cristina Kirchner, vice-presidente, mas a arma não disparou. Ele foi detido.


Em 2021, em uma blitz da polícia, foi flagrado com uma faca de trinta e cinco centímetros. Alegou que era pra defesa pessoal.


Os rastros da vida tumultuada de Fernando estão espalhados por Buenos Aires. Em um pequeno prédio, o apartamento onde está escrito número 1, que é um salão de beleza, pertence ao Fernando. Segundo o vizinho, ele aluga esse apartamento para o salão de beleza.


“Era uma pessoa deprimida, solitária. Mas com as pessoas, na rua, ele era agradável. Eu costumava vê-lo aqui uma vez por mês, quando eu pagava o aluguel”, ressalta Diego Arnold.


 


O Diego, que é o cabeleireiro do salão, deixou a equipe do Fantástico entrar no local. A polícia foi até lá fazer uma busca. Dá para ver a bagunça que eles deixaram, porque eles estavam atrás de alguma coisa do Fernando, mas ele não mora no local faz quatro anos.


“Vi as cenas do atentado, eu não acreditava que ele tinha feito isso, não me parecia ser capaz dessa violência. A verdade é que não sei o que pensar”, conta Diego.


Nos fundos do salão tem um espaço. Às vezes, o Fernando ficava sem ter onde morar e ele pedia para o pessoal do salão de beleza para usar um quartinho minúsculo, imundo no segundo andar do salão, para ele passar algumas noites enquanto ele não arrumava um novo lugar para viver.


Mas fazia tempo que o Fernando não dormia por lá. Agora, ele perambulava por outros lugares.


O endereço conhecido mais recente era num bairro da periferia da Grande Buenos Aires. Foi lá que a polícia fez a busca e apreensão e encontrou coisas do Fernando. Ele era um tipo tão instável, ele mudava tanto de lugar, que nem existe a certeza, 100% de certeza, que ele de fato vivesse lá.


Um vizinho conhecia o Fernando só de vista. “Não tinha nem bom dia, nem boa tarde, nem boa noite. Só via ele sair do apartamento dos fundos. Às vezes sozinho, às vezes com a namorada”, relata Jorge Perdomo.


Junto com a namorada, o Fernando ficava atrás de equipes da TV. Gostava de aparecer pra criticar o governo. Nas redes sociais, ele exibe tatuagens com simbologia nazista. A principal referência é o chamado “sol negro”.


A Defensoria Pública vai representar Fernando no processo. O Fantástico procurou os advogados, mas ninguém atendeu as ligações.


G1


 


 


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