Homem é preso por agredir e torturar mãe de 74 anos e mantê-la acorrentada

Uma idosa, de 74 anos, foi resgatada pela Polícia Militar na casa onde era mantida acorrentada pelo próprio filho, de 35 anos, na madrugada desta quinta-feira (29), no bairro Aeroporto, em Campo Grande. A vítima estava há dois dias sem comer em um cômodo com fezes e urina. O homem foi preso depois que vizinhos ouviram gritos de socorro.


De acordo com o registro policial, vizinhos escutaram gritos de socorro da idosa e acionaram a PM por volta da 00h45. Os policiais chegaram à residência e encontraram o homem com uma faca em punho dando chutes na vítima, que estava caída no chão, na porta da casa.


Segundo o boletim de ocorrência, o homem começou a ameaçar a mãe e os policiais de morte, tentando agredir a equipe da PM. Os policiais entraram na casa e o autor foi contido, algemado e preso.


À polícia, os vizinhos contaram que a idosa sofria maus-tratos, tortura e vivia em condição deplorável com o filho. Em depoimento, a vítima contou que estava sendo mantida em cárcere privado por dois meses, e que estava há dois dias sem comer.


A mulher relatou que o filho saia de casa e trancava portas e janelas, além de ter tomado o celular dela para que não houvesse comunicação com outros parentes ou vizinhos. A casa, segundo o registro policial, não tinha condições de moradia.


Dentro da residência a PM encontrou lixo e fezes em todos os cômodos. A idosa contou também que o filho vendeu todos os móveis da residência, incluindo a cama onde ela dormia e era mantida acorrentada e que o filho ficava com todo dinheiro da aposentadoria dela.


A Deam fica lotada na Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande — Foto: Sejusp/Divulgação
A Deam fica lotada na Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande — Foto: Sejusp/Divulgação

Ainda segundo o boletim de ocorrência, o homem já tinha quebrado a perna da própria mãe, fazendo com que ela não conseguisse andar sem ajuda de muletas. O homem foi preso e o caso foi registrado como lesão corporal, resistência, ameaça e maus tratos pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam).


G1


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