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Festival de Bebidas: Na Dinamarca, empresário expõe cachaça produzida no Acre

Jakson Soares levou cachaça acreana para apresentar em festival internacional de bebidas destiladas — Foto: Arquivo pessoal

O empresário acreano Jakson Soares participou de um festival escandinavo de bebidas destiladas e apresentou a Cachaça Jibóia, que é produzida no Acre desde 2018. O acreano foi um dos brasileiros convidados para o Festival Whisky N Rum Show Copenhagen, na Dinamarca, que ocorreu entre os dias 2 e 3 deste mês.


Além da cachaça acreana, outras quatro marcas brasileiras participaram do evento. Porém, a bebida do Acre foi a única representante do Norte.


Soares é diretor da Destilaria Potio, que fica na cidade de Acrelândia, interior do estado, onde a cachaça é produzida. O empresário contou ao g1 que recebeu o convite em janeiro deste ano, quando um empresário polones esteve no Brasil conhecendo e visitando mais de 50 destilarias de cachaça.


“Ele conheceu todo o processo de fabricação e os projetos socioambientais. Em junho, entrou em contato nos convidando para participar da Whisky N Rum Show Copenhagen. Provavelmente, foi a primeira vez que um produto do Acre se fez presente em um evento nesta parte do mundo”, celebrou.


No evento são expostas bebidas destiladas de diversas partes do mundo, como uísque, vodka, rum, tequila, entre outras. Os convidados e frequentadores, sejam iniciantes, especialistas, participam de degustações no festival.


“Primeiro dia foi simplesmente fantástico. Recebemos centenas de visitas no estande, a Cachaça Jibóia chamou atenção pelas cores do rótulo. Quando contamos todos os detalhes, toda a experiência e referências, as pessoas ficam extasiadas. Temos, ainda, todos os projetos socioambientais que os europeus adoram e incentivam”, destacou Jakson Soares.


Durante o segundo dia, o empresário disse que a bebida acreana foi avaliada e provada por um superespecialista, que também é jurado de um concurso internacional de destilados em Berlim.


“[Foram] muito visitantes. Especialistas, entusiastas e curiosos de várias partes da Escandinávia. Apresentamos a oportunidade de eles conhecerem bebidas com os sabores do Brasil e eles efetivamente gostaram. Aprendemos em três dias o que levaríamos anos. Nada substitui o preparo e a experiência”, relembrou.


Cachala Jibóia é produzida em uma destilaria no Acre — Foto: Arquivo pessoal

Destilaria acreana


Em 2020, a Destilaria Potio parou de produzir cachaça para fabricar álcool 70% e doar para unidades de saúde e outros locais para esterilizar ambientes e objetos e ajudar no combate ao novo coronavírus.


Após a produção, Jakson Soares disse que a destilaria voltou a produzir a cachaça, mas de forma a privilegiar a qualidade para exportar. Assim, em novembro do ano passado, foram lançados dois tipos diferentes da cachaça, que foram levadas para o festival: uma de 40% volume (700 ml) e outra de 48% volume (500 ml). Ele explica a diferença entre as bebidas.


“As duas são misturas de destilações de safras distintas, com percentuais distintos, o que lhes conferem sabores levemente diferentes. A mudança da primeira versão da Cachaça Jibóia, que inicialmente foi produzida para o público consumidor de renda mais baixa, com garrafas pet de 500ml, tipo corote, na intenção de aprendermos melhor sobre o mercado consumidor e, desde o início, mostrar que uma bebida de qualidade poderia ser produzida no Acre”, destacou.


Duas versões da bebida foram levadas para Copenhagen para festival escandinavo — Foto: Arquivo pessoal

Soares acrescentou que o festival reúne as melhores bebidas do mundo e participar do evento foi uma oportunidade de aprendizado e muito incentivo. O empresário continua em viagem pela Europa mostrando a bebida acreana.


Ele conta que até o final do ano será lançada uma nova linha do produto.


“Como acreanos, descobrimos nestas oportunidades que temos capacidade e qualidade para estarmos presentes em um mercado consumidor tão exigente. Apesar de todas as dificuldades e desafios é um grande privilégio. Continuaremos trabalhando para melhorar ainda mais nossos processos e produtos. Já temos interesses de vários países.


Fonte: G1AC


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