Um caso de sexo em grupo envolvendo alunos menores de idade do Colégio Pedro II, no Campus Realengo, no Rio de Janeiro, é alvo de investigação da Polícia Civil. Segundo informações preliminares, 16 adolescentes, com idades entre 12 e 17 anos, além de uma jovem de 19 anos, que pode ser acusada de estupro de vulnerável, estariam envolvidos. A direção do colégio disse em comunicado, neste sábado (17), que abriu processo disciplinar sobre o ocorrido.
A prática libidinosa teria sido flagrada e denunciado por outros alunos da unidade. O ato teria acontecido em uma sela desativada da instituição, no último dia 13. De acordo com relatos dos estudantes que presenciaram, o sexo envolvendo os estudantes foi marcado com antecedência em grupos de aplicativos de mensagens.
“O que aconteceu é que 15 alunos do 5º, 6º e 7º ano foram para o Bloco C, numa sala específica para fazer sexo (…). Foram oito pessoas, pares, que fizeram a coisa lá enquanto outros sete meninos ficaram olhando”, diz áudio de aluno compartilhado nas redes sociais. Outras mensagens indicam a participação, inclusive de uma jovem, de 19 anos.
“Foi tipo num final de tarde. Na verdade, foi troca de turno. Nessa hora, os inspetores estariam fora para receber os alunos do outro turno e o local estaria vazio”, detalha o áudio.
O caso é investigado pela 33ª DP (Realengo), que realiza diligências para confirmar as circunstâncias do caso e os envolvidos.
A direção geral do Colégio Pedro II Campus Realengo informou, neste sábado, por meio de comunicado oficial que foi aberto processo disciplinar e os estudantes identificados como envolvidos foram suspensos por cinco dias.
“As atitudes inadequadas e desrespeitosas realizadas por um pequeno grupo de estudantes no campus não podem, nem devem, serem usadas para macular a imagem dos demais estudantes, tampouco do trabalho árduo e importante dos servidores dessa instituição”, diz comunicado.
A nota revela ainda que a instituição não se manifestou antes para evitar a exposição dos alunos menores de idade.
“Foi solicitado ao SOEP que procedesse com o ofício de notificação ao Conselho Tutelar e a realização do atendimento a todas as famílias envolvidas, ações já em desenvolvimento. Considerando a não existência de materialidade, até o início da apuração da denúncia, a Direção não emitiu nenhuma forma de comunicado ou realizou qualquer tipo de exposição sobre o caso, principalmente em função do envolvimento de menores, mantendo a lisura na apuração e o devido sigilo”, diz o comunicado da instituição federal, que reforçou ainda colaborar com as investigações.
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