Aos 19 anos, Elizabeth II (então princesa) se tornou a primeira mulher da família real britânica a se juntar às forças armadas. Ela tomou essa decisão pois estava determinada a ajudar nos esforços da Segunda Guerra Mundial de qualquer maneira que pudesse. Confira abaixo quatro exemplos surpreendentes como ela serviu ativamente seu país durante o conflito.
Bombardeio e transmissões de rádio
Em setembro de 1940, a força aérea da Alemanha nazista bombardeou o Palácio de Buckingham, localizado no centro de Londres. O rei George VI e a rainha-mãe, que tomavam chá na hora, saíram ilesos da explosão, mas o evento viria a reforçar o espírito comunitário e elevar o moral daqueles que não podiam fugir da capital para o campo.
Após o ataque, a família real foi aconselhada a fugir do país e buscar segurança em algum lugar mais distante do conflito. A rainha-mãe, no entanto, recusou-se a sair do lado do marido e insistiu que as princesas Elizabeth e Margaret permanecessem com a família. Assim, eles continuaram no Reino Unido, alternando-se entre palácios durante toda a guerra.
Um mês depois, Elizabeth e sua irmã Margaret fariam seu primeiro discurso real como parte da programação infantil da rádio BBC. Dirigindo-se às crianças da comunidade e às pessoas que precisaram ser evacuadas, as princesas falaram sobre a importância do apoio às tropas que lutavam no exterior. A recusa da família real em recuar diante do bombardeio alemão reforçaria sua imagem junto ao público.
Cavando para a vitória
Aos 14 anos, Elizabeth e sua irmã foram fotografadas pegando em pás e participando da campanha Dig for Victory (“Cavando para a Vitória”, em tradução livre). A iniciativa foi criada durante a Segunda Guerra Mundial pelo Ministério da Agricultura britânico. Homens e mulheres de todo o país foram incentivados a cultivar sua própria comida em tempos de racionamento severo.
Com o aumento do racionamento e restrições de alimentos, as famílias em todo o Reino Unido foram incentivadas a pegar pás e cavar seus jardins, parques locais e quaisquer outros espaços verdes para cultivar alimentos e criar gado. A imagem das princesas fazendo sua parte no esforço de guerra encorajou outras famílias em todo o país a contribuir e participar da campanha.
Serviço Territorial Auxiliar
When the World War 2 began, #QueenElizabeth refused to leave UK and later she joined Auxiliary Territorial Service, where she trained as a truck driver and mechanic. She was the only woman in the royal family to have served in the military. May she rest in peace. pic.twitter.com/lrkkrpIVZZ
— Storm Warfare (@StormWarfare) September 8, 2022
À medida que a guerra avançava, Elizabeth ficou cada vez mais ansiosa para se envolver e fazer sua parte para mostrar apoio. Apesar da relutância do rei, Elizabeth se inscreveu no Serviço Territorial Auxiliar (ATS) pouco depois de completar 18 anos.
O ATS era o ramo feminino do Exército Britânico durante a Segunda Guerra Mundial. Inicialmente, um serviço voluntário, o órgão começou a recrutar mulheres solteiras com menos de 30 anos para trabalhar na agricultura e na indústria com o objetivo de compensar a escassez de mão de obra em todo o Reino Unido.
Conhecida como “Segunda Subalterna Elizabeth Windsor”, ela vestiu um macacão e treinou em um campo militar perto de Londres como mecânica e motorista de caminhão. Apesar de passar o dia no acampamento trabalhando, Elizabeth estava perto o suficiente do Castelo de Windsor para poder voltar para casa no final de cada dia e dormir em sua própria cama, evitando ter que dividir beliches com suas companheiras.
Dando exemplo
Elizabeth continuou a agir de forma a dar exemplo para elevar o moral e a inspiração na Grã-Bretanha do pós-guerra. Ainda sofrendo com escassez de alimentos e mão-de-obra, o Reino Unido vivia uma época de extrema austeridade. A Família Real não estava isenta das medidas que restringiam alimentação e vestuário. Em 1947, Elizabeth guardou seus cupons de racionamento de roupas para pagar seu próprio vestido de noiva.
Alguns súditos ficaram tão empolgados que até enviaram seus próprios cupons de roupas para a princesa para ajudar a cobrir os custos. No entanto, como era ilegal transferir a propriedade dos cupons, cada doação foi enviada de volta ao proprietário original com uma carta de agradecimento.
Fonte/ Portal History.uol