Lives diárias
Bolsonaro deu início nesta quarta as suas lives diárias, nas quais irá fazer, conforme ele mesmo definiu, o seu “horário eleitoral gratuito”. Nas transmissões, o atual titular do Palácio do Planalto pretende pedir votos a candidatos aliados ao governo.
“Não é natural essa live na quarta-feira, mas a partir de hoje, sempre que possível, às 19h, eu farei uma live. Isso fizemos em 2018 e nós dedicamos essa live, metade do tempo pelo menos, para questão das eleições no Brasil. E tivemos sucesso. Fizemos a nova bancada de deputados federais, muitos deputados estaduais”, afirmou.
O chefe do Executivo federal ainda definiu as eleições deste ano como “uma das mais importantes da história do Brasil”.
“Estamos numa reta final. Faltam 11 dias para as eleições. Entendo que seja umas das eleições mais importantes da história do Brasil. Muita coisa em jogo, até pela polarização das mesmas. Cada um é livre para votar em quem bem entender. O voto aí é soberano. Qualquer um vai lá na urna e digita os seus candidatos”, declarou.
“Obviamente, eu faço um apelo para os candidatos que estão do nosso lado, os partidos que estão coligados conosco […] A gente conta com uma reeleição e a gente precisa ter gente afinada conosco”, prosseguiu Bolsonaro.
Entre Romário e Silveira
Na transmissão desta quarta, o titular do Palácio do Planalto evitou pedir votos para senador Romário (PL), que tenta a reeleição ao cargo de parlamentar pelo estado do Rio de Janeiro nas eleições deste ano.
“A disputa pelo Senado está mais ou menos aparelhada lá. Mas a gente espera que o PSol não vença – o que seria uma tragédia. Então, mais tarde um pouquinho, a gente decide por um nome ao Senado pelo Rio de Janeiro”, afirmou. O PSol, no entanto. não apresentou candidato ao senado no Rio.
A estratégia do presidente em escolher um candidato ocorre em um momento em que Daniel Silveira (PTB-RJ) tenta recorrer de uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) que, no mês passado, decidiu que o deputado federal não poderá concorrer ao cargo de senador nas eleições de outubro desse ano. O parlamentar recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em março deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Daniel Silveira a oito anos de prisão por ataques às instituições e por organizar atos antidemocráticos. O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, concedeu o perdão da pena ao deputado, o que fez com que a prisão de Silveira fosse revogada.
Metrópoles