Ainda segundo a defesa da atriz, mesmo sem citar nomes, o colunista “não deixou dúvidas” de que se referia a ela, de modo que “Klara Castanho se sentiu humilhada e revoltada com a forma com a qual ele se referia a ela, atingindo sua honra subjetiva”. Na ação, Klara reforça que não apenas ela, mas diversos jornalistas, que já haviam ouvido a história nos bastidores do “Troféu Imprensa”, dias antes, também entenderam a indireta.
Dias após a entrevista, Leo Dias publicou em sua coluna no portal Metrópoles, um texto intitulado “Estupro, gravidez indesejada e adoção: a verdade sobre Klara Castanho”. Segundo os advogados de Klara Castanho, o colunista ofendeu a honra da atriz e lhe atribuiu “fato ofensivo ao inventar minúcias mentirosas”. A atriz aponta, ainda, que antes de publicar o texto, Leo Dias repassou a mesma informação às youtubers Antônia Fontenelle e Adriana Kappaz, conhecida como Dri Paz.
Após a divulgação do texto, Leo Dias chegou a se retratar numa nota intitulada “Preciso me explicar a vocês e pedir perdão para Klara Castanho”. Para a defesa da atriz, no entanto, a publicação não se trata de um pedido de desculpas, mas sim, uma tentativa de apenas “proteger sua imagem e reputação profissional, sem a ínfima tentativa de se retratar cabalmente do enredo fantasioso e sensacionalista criado por ele e espalhado”.
Youtubers atacam atriz
No texto, a defesa da atriz aponta que no dia 19 de junho de 2022, Adriana Kappaz publicou na rede social Kwai um vídeo intitulado “Polêmica: atriz teen da Globo ficou grávida e deu um fim na criança e ninguém ficou sabendo”, no qual imputa o crime de “abandono de incapaz à Klara Castanho”, quando afirma que “ela teve o filho e pagou para sumirem com a criança” e que “ninguém sabe o que aconteceu com essa criança, ela fez sumirem com a criança”, praticando, assim, os crimes de difamação e calúnia.
No mesmo vídeo, Dri Paz ainda teria relativizado o estupro sofrido pela atriz e inventado que a gravidez seria fruto de um relacionamento com um homem casado. “Essa menina tá alegando pra gente que ela foi vítima de abuso, que essa criança é vítima de um abuso (sic). Eu, eu não posso afirmar, essa parte eu não sei, tá gente? Porém eu não acredito na história do abuso, gente. A história que chegou para mim primeiro foi que essa menina teve relações com um homem aí que é comprometido, casado, não sei. Uma figura pública também muito conhecido que jamais assumiria essa criança. Essa é a história que chegou pra mim”.
Já Antônia Fontenelle teria dirigido ofensas à Klara Castanho ao vivo em seu canal de Youtube, “Na lata com Antônia Fontenelle”. Segundo a defesa da atriz, a youtuber pratica difamação quando afirma em seu vídeo que ela “engravidou, escondeu a gravidez, inclusive trabalhou durante a gravidez, pariu o filho dela e (…) pediu para que o hospital apagasse a entrada dela no hospital e pediu que nem queria ver o filho”.
A ex-esposa de Marcos Paulo ainda voltou a falar sobre o assunto em seu Instagram. Na ocasião, dizem os advogados, Antônia Fontenelle acusou a atriz de abandono de incapaz. “Parir uma criança e não querer ver e mandar desovar pro acaso É CRIME SIM, o nome disso é ABANDONO DE INCAPAZ”, disse a influenciadora num vídeo publicado na rede social.
Com base nos ocorridos, Klara Castanho pediu a condenação dos três pela Justiça, acusando Leo Dias pelos crimes de difamação e injúria, e as youtubers Dri Paz e Antônia Fontenelle pelos crimes de calúnia, difamação e injúria. De acordo com o Código Penal Brasileiro, cada um dos crimes possui penalidades diferentes. No caso da calúnia, por exemplo, a detenção pode ser de seis meses a dois anos, além de multa.
No processo, são citados também os jornalistas Leão Lobo e Matheus Baldi, além de Valença Sotero, diretora da Revista Caras. Eles não são acusados de nenhum crime, mas aparecem como testemunhas de Klara Castanho. Leão Lobo e Valença Sotero teriam ouvido a história contada por Leo Dias nos bastidores do “Troféu Imprensa”, mas nunca divulgaram nada a respeito.
Matheus Baldi, por sua vez, fez uma publicação no seu perfil no Instagram sobre a possível gravidez de Klara Castanho. Porém, o jornalista apagou a publicação pouco tempo depois, a pedido da própria atriz. Na época, o jornalista se desculpou e disse que não sabia do caso de estupro sofrido pela atriz. Em junho, no “Fofocalizando”, ele se defendeu. “Eu apaguei, nunca mais toquei nessa história, não posso ser responsabilizado”.