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Atlético x Palmeiras marcará mais uma ‘batalha’ entre Cuca e Abel Ferreira

Cuca (Atlético) e Abel Ferreira (Palmeiras) terão reencontro após episódios polêmicos

O confronto entre Atlético e Palmeiras, pela Série A do Campeonato Brasileiro, marcará mais uma “batalha” entre os técnicos Cuca, do Galo, e Abel Ferreira, do Verdão. Os treinadores já se enfrentaram em jogos de muita importância na Copa Libertadores e também protagonizaram alguns episódios polêmicos.


Ao longo da carreira, Cuca e Abel Ferreira mediram forças em sete oportunidades. Mesmo com a “soberania” do técnico português em jogos eliminatórios, o retrospecto mostra equilíbrio: cada um tem uma vitória, enquanto houve empates nos outros cinco encontros.
A única vitória de Abel sobre Alexi Stival foi, provavelmente, no jogo mais importante de sua carreira. Na final da Libertadores de 2020, o Palmeiras venceu o Santos por 1 a 0, no Maracanã, no Rio de Janeiro, com gol de Breno Lopes já nos minutos finais da partida.
Por outro lado, o único triunfo de Cuca diante do português ocorreu no Campeonato Brasileiro de 2021. No primeiro turno, o Galo bateu o Verdão por 2 a 0 no Mineirão, em Belo Horizonte, e deu mais um passo na caminhada rumo ao bicampeonato nacional.


Os outros cinco confrontos entre os treinadores terminaram em empate. Dois deles foram traumáticos para o Atlético, já que representaram eliminações dos mineiros na Libertadores.
O primeiro em 2021, no Gigante da Pampulha. Com gol de Dudu, o Palmeiras buscou um empate em 1 a 1 e, pelo extinto critério do gol fora de casa, eliminou o Alvinegro nas semifinais.


Já em 2022, a decisão da vaga nas semis ocorreu no Allianz Parque, em São Paulo. Com dois a menos, os paulistas seguraram um empate em 0 a 0 e, nos pênaltis, eliminaram novamente o Atlético, com vitória por 6 a 5.

Polêmicas entre Cuca e Abel Ferreira

Abel sempre demonstrou muito respeito por Cuca, mas uma declaração causou desconforto após a segunda eliminação do Atlético diante do Palmeiras na Libertadores. Para muitos, o treinador português foi arrogante ao apontar o que o paranaense poderia ter feito de diferente no duelo decisivo no Allianz Parque.
“O Cuca é um treinador extremamente experiente, com muitos títulos. Ele, seguramente, quando vir este jogo, vai perceber que tinha muita gente por fora do nosso bloco. Tinha sete jogadores por fora, e tu tens que ter gente por dentro para atacar a nossa linha”, analisou Abel.
“Ele tinha os dois pontas por fora, os dois laterais abertos, os zagueiros ainda por trás e poucos jogadores dentro do nosso bloco. Tinha que ter mais jogadores dentro do nosso bloco. Isso, para nós, foi mais fácil de controlar”, completou.
Dias depois, após uma vitória do Atlético sobre o Coritiba pelo Campeonato Brasileiro, Cuca desabafou sobre a declaração. “Quando você está vencendo, tudo o que você faz é perfeito”, disse.
“Quando você está vencendo, tudo o que você faz é perfeito, é bonito, é maravilhoso. Se você sai para o vestiário na hora dos pênaltis, escuta música e ganha, vira moda. E se perdesse? Quando você cai seis vezes no mesmo canto e ganha é legal. Vocês lembram do Muralha, que caiu seis vezes e perdeu, o que aconteceu? Quando você tem dois jogadores expulsos, não passa nada, porque a cabeça é fria. Mas não foram cabeça fria. Poderiam ter quebrado um jogador nosso”, relembrou.
“Se a derrota vem para eles nesse jogo, vocês estavam cobrando as duas expulsões, as seis caídas do goleiro no mesmo canto, o treinador que não ficou para os pênaltis, etc. Mas quando se ganha, tudo é perfeito. Parabéns para o Abel, parabéns para o Palmeiras. Boa sorte. Pronto, falei!”, completou.

“Panos quentes” após polêmicas

No fim do último mês de agosto, Abel Ferreira minimizou a situação. “Há um ou outro treinador que conheço pessoalmente, mas os outros eu não conheço, e respeito. Comigo, está tudo em paz. Mas quando vou competir, eu ligo o meu modo competitivo. O resto, não tenho muito mais a dizer. Estou bem comigo mesmo e com os outros”, enfatizou.
No mesmo dia 22 de agosto, Cuca concedeu uma entrevista na Cidade do Galo e também adotou tom tranquilo.
Ele garantiu não ter desrespeitado Abel e deu razão ao treinador português sobre as falhas cometidas na Libertadores.

“Eu simplesmente falei e quis deixar entendido que a vitória te dá o direito de tudo, e você tem razão. Mas se acontece a derrota, você não tem a razão. Foi isso o que eu fiz. Teve algum programa em que os caras pegaram pesado, xingaram. Não precisa disso. Eu não tive maldade e nem ofensa para ninguém, nem para o Palmeiras e muito menos para o Abel. Só falei que as vitórias dão a oportunidade de a gente se manifestar diferente do que as derrotas”, argumentou.


“O Abel, em muita coisa que falou, tem razão. Quando ele falou que eu não consegui atacar as extremas, que estavam bem fechadas, e que eu deveria ter atacado mais por dentro, nas costas dos volantes dele, ele tem toda a razão. Foi o que tentei com o Sasha, foi o que tentei com a entrada do Nacho, mas nós não achamos esse espaço”, encerrou.
Mais um jogo estudado ou chegou a hora de um confronto mais aberto? Atlético e Palmeiras, com Cuca e Abel, travarão mais uma batalha às 21h45 da quarta-feira (28/9), no Mineirão, em Belo Horizonte. A partida cercada de expectativas será válida pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro.
SE Atlético

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