O Campeonato Mundial de Vôlei Masculino começou nessa sexta-feira (26/8) e, com ele, algumas seleções já fizeram suas estreias na competição. Dentre elas, o Brasil, que começou com uma vitória de virada sobre Cuba, por 3 x 2.
A renomada Seleção chega para o Mundial depois de passar por situações complicadas em outros campeonatos internacionais e tenta lidar com a má fase e com um cenário delicado para voltar a se firmar como time. Sem o favoritismo, os brasileiros tentam se apoiar na mistura de estreantes e experientes para alcançar um bom desempenho.
Para tudo existe uma primeira vez
Depois de construir uma hegemonia no esporte, esta será a primeira vez no século que o Brasil não chegará como favorito no campeonato. Inclusive, as últimas cinco edições do Mundial (em 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018) renderam cinco finais, sendo três ouros e duas pratas.
Entretanto, os amantes de vôlei veem as seleções da França, Estados Unidos e Polônia em um nível acima dos brasileiros. Além delas, outros times também se mostram em crescentes, assim como rivais conhecidos que podem oferecer dificuldades em quadra.
A inconsistência do Brasil, mostrada desde as Olimpíadas de Tóquio, é o que tem colocado o favoritismo em cheque. O elenco tem sofrido bastante com a parte técnica e tenta buscar soluções para retomar o ritmo vitorioso.
As opções do técnico Renan Dal Zotto estão longe de ser um problema: com nomes conhecidos internacionalmente, a Seleção conta com um trio de ataque forte, que volta a atuar juntos no Mundial, e com jogadores premiados. Entretanto, o comandante tem pecado nas escolhas dentro de quadra, como a falta de rotatividade dos novos nomes e um revezamento entre os líberos visto muitas vezes como desnecessário.
Mesmo com o cenário dificultando um possível quarto título para o Brasil, a Seleção ainda é referência no vôlei mundial e tem chances de subir no pódio. O principal responsável por essa chama de esperança é o elenco inscrito na competição.
As estreias no Mundial
Sete jogadores, dos 14 convocados pelo técnico Renan Dal Zotto, jogarão o Mundial pela primeira vez na carreira: o levantador Fernando Cachopa; os opostos Darlan e Felipe Roque; os ponteiros Rodriguinho e Adriano; e os centrais Flávio e Leandro Aracaju.
O peso de vestir a Amarelinha aumenta com o momento delicado que a Seleção masculina passa. Apesar da tensão, o cenário permite que os novatos possam se destacar e ganhar mais espaço dentro de quadra.
Apesar de estarem jogando pela primeira vez na competição, todos já atuaram pelo Brasil em algum campeonato oficial. Flávio, o mais experiente entre os estreantes, foi o 3º bloqueador mais eficiente da Liga das Nações de 2022.
O levantador Cachopa, assim como outros atletas, disputou alguns Mundiais nas categorias de base. Ele conquistou o título quando jogou pelo time sub-23, em 2013. Agora, entretanto, é diferente. Para Rodriguinho, a competição “fica atrás somente dos Jogos Olímpicos em importância” e é um momento de destaque “para a seleção e para a minha carreira”.
O mais novo da equipe, o ponteiro Adriano, de 20 anos, também realiza um sonho. Depois de decidir iniciar sua trajetória profissional com a conquista do ouro olímpico em 2016, o atleta divide a quadra com os ídolos que subiram no lugar mais alto do pódio.
Ao lado deles, trazendo o equilíbrio com a experiência, o levantador Bruninho, o oposto Wallace, o central Lucão, os ponteiros Leal e Lucarelli e os líberos Maique e Thales compõem a lista dos atletas para a competição.